Hoje a comida é diferente (31 de agosto de 1973)
Já foi o tempo em que existia um organismo denominado Guarda Nacional, integrado por políticos, na maioria semi-analfabetos, que o grosso do próprio povo empavonava e respeitava por simples temor. Naquele tempo, o cidadão que tivesse muitos mil pés de cafeeiros, ou muitos alqueires de pastagens com milhares de cabeças de gado, era conclamado “chefe político”. E como tal, recebia um título de mãos beijadas. Daí, a razão da existência dos “capitães” e “coronéis”, muitos dos quais insubmissos do Exército, ou simplesmente reservistas de terceira categoria. --:-- A situação criou um mito, que se estendeu por muitos anos, num período em que o próprio país, mercê dessa burrice toda, cingia-se a uma sistemática política, das mais carcomidas e sórdidas, entravada, firmada num alicerce de prepotência e de imbecilidade. --:-- As eleições foram transformadas em verdadeiras farsas, com um eleitorado de cabresto, que comia e bebia à rodo nos dias de pleito, para votar...