O desarmamento universal (30 de maio de 1957)
Publicou há dias a imprensa paulistana, um telegrama procedente de Washington, acerca do desarmamento universal, partindo inicialmente pelos Estados Unidos e Moscou. Limos com bastante ceticismo o teôr do aludido despacho e no momento passou-nos pela mente aquela anedota do velho cabelo que chamou a filha “às falas”, quando percebeu que a moça, já bem formada, alimentava idéias de casamento. Dissera-lhe então o pai: “Minha fia, vancê já tá na idade de casá. Vancê deve sabê qui seu pai é home bão i num vai impedi seu casamento cum ninguém. Vancê pode casá cum quem quisé, desde qui seja cum u Belarmino, fio du cumpadre Bastião”... Moscou e USA, armados até os dentes, aperfeiçoando dia a dia os mais terríveis engenhos de guerra, vez por outra externam planos de desarmamento universal, um defendendo o fato para diminuir a tensão do mundo, outro lutando “pela paz”. Como dois garotinhos que pretende “varar” o circo, tendo medo de serem apanhados pelo “guarda do lado de dentro”, um fica conve...