Edifícios para a Caixa Econômica do Estado (10 de maio de 1957)

Em despacho dirigido ao dr. Ruy de Mello Junqueira, presidente do Conselho de Administração da Caixa Econômica do Estado, o governador Jânio Quadros acaba de autorizar a construção de edifícios próprios para a aludida autarquia, em seis cidades interioranas.

Botucatu, Presidente Prudente, São Carlos, Taquaritinga, Taubaté e São José do Rio Pardo, são as urbes aquinhoadas com essa deferência governamental, em virtude de que em tais cidades, a CEESP já possuia terrenos próprios, destinados ao fim em apreço.

Marília, cidade moderna, com mais de 110 mil habitantes, que consta com sua Agência da Caixa Econômica instaladas desde 1.937, com um grande saldo de depósitos, não foi lembrada nessa determinação governamental, possivelmente porque não dispunha de terreno próprio para o fim citado.

A propósito, lembramo-nos que por volta do ano de 1950, a Agência local da Caixa Econômica do Estado, esteve em entendimentos para a aquisição do magnífico terreno sito na Av. Sampaio Vidal, esquina com a Rua Dr. Armando Sales de Oliveira, onde atualmente ergue-se o “Edifício Raia”. A transacao não chegou a bom têrmo, apesar de aqui terem vindo engenheiros da Secretaria da Fazenda, para estudar a questão, em virtude da indesejável político do momento. Naquele tempo, a Caixa Econômica Estadual não éra autarquia e sim um departamento da Secretaria da Fazenda (Departamento das Caixas Econômicas). As Agências de determinadas classes, possuíam um Conselho Administrativo (local), composto de três membros. Infelizmente, os ocupantes dêsses cargos, éram políticos e leigos deante dos serviços ou da própria vida da Caixa Econômica. Devido a isso, não conseguiu a Agência de Marília ultimar a negociação de compra do terreno citado. Era Presidente do Conselho de Administração local na ocasião, o falecido Sr. Luiz Laraya, que não soube usar da própria autoridade, para que a Agência de Marília comprasse o terreno referido.

Passou-se o tempo e as consequências agora se apresentam: As seis cidades antes citadas, vão ter seus edifícios próprios construídos por éssa importante autarquia estadual, enquanto Marília ficou à margem dêsse acontecimento, que, sem dúvida, viria a representar mais um sinal de progresso em nossa cidade.

Em todo o caso, a questão não é irremediável. A CEESP pelo que percebe-se através do balanço da CEESP dado à publicidade pelo “Diário Oficial”, poderá construir em Marília, mesmo sem dispor de terreno no momento, um edifício próprio, dependendo, apenas, das atenções do Sr. Governador e do Sr. Presidente do Conselho Administrativo déssa modelar autarquia.

O assunto bem que mereceria melhores estudos por parte dessas autoridades principalmente sendo ambas tão amigas de Marília. Focalizando a questão, fazemos aquí um apêlo ao Sr. Governador, para que se interesse por êste pedido de interesse de nossa cidade e de interesse da própria Caixa Econômica Estadual.

Extraído do Correio de Marília de 10 de maio de 1957

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