MARÍLIA – analogia sincera de seu dinamismo
Passado de glórias, presente
de orgulho e futuro promissor
O povoado audacioso de ontem e a metrópole de hoje –
Um milagre construído por bandeirantes anônimos – Terra exuberante, clima
excelente e águas salubérrimas – Tudo transpira progresso no “Intermezzo” dos
rios Peixe e Feio – Uma pincelada sobre a história e a vida da “Cidade Menina”
Marília é uma fotosféra de
progresso. Sua própria história já é um capítulo brilhante. Sua vida, um oásis
em torno do qual gravita o dinamismo bandeirante. Seu passado, um audacioso
rosário de empreendimentos gloriosos. Seu presente, um exemplo ufano e
orgulhoso. Seu futuro, imensuravelmente promissor.
A própria Natureza, parece
ter feito sentir seu dedo mágico nêsse “intermezzo” extraordinário onde está
situada Marília, a “cidade menina”. Os espigões dos rios Peixe e Feio, encravam
em seu topo, qual jóia engastada no corolário da exuberância das mais
progressistas cidades do Brasil, como bandeira desfraldada no cume de um
mastro, uma cidade admirável. É Marília, nossa querida Marília.
Sua própria história parece
um conto de fadas. Faz lembrar lendas maravilhosas, de acontecimentos
empolgantes e impossíveis. Recorda a menina feia, sardenta, de futuro incerto e
sua metamorfose na moça esbelta e bela, de porte imponente e sedutor, de graça
sem igual.
Seu nome já é poesia. Sua
inspiração, um poema. Sua origem, uma história de amor, de beleza, de
sinceridade. Marília em sí, é tudo isso, traduzido num desenvolvimento ímpar,
fenomenal, gradioso.
O
povoado de ontem
Até os albores do século
presente, toda ésta imensa região pertencia aos índios coroados.
Antes disso, por volta de
1890, frades capuchinos oriundos de São Paulo, intentaram, sem resultados, um
trabalho de catequese entre os aborígenes.
Perdeu-se depois, na gaveta
do esquecimento ou das coisas impossíveis, a idéia de colonizar ésta vasta e
exuberante região de nosso Estado. Em fins de 1912, um eminente político
paulista de nome Cincinato Braga, comprara cêrca de quatro mil alqueires de
terras. Tal área situava-se à margem de uma longa picada que o Cel. Carlos
Ferraz abrira, destinada a ligar Platina a Presidente Pena, hoje Cafelândia.
Escolhendo um ponto sêco e alto, o Cel. Ferraz mandou plantar 10.000 cafeeiros,
quantia de pés de café verdadeiramente fabulosa naquela ocasião. Para muitos
pareceu exagero éssa medida e deram à região o topônimo de Alto Cafezal. Era o
prenúncio de novo povoado.
O primeiro civilizado
entre os coroados
Através de pesquisas e
consultas nas fontes mais seguras, conclui-se que o primeiro homem civilizado a
habitar entre os índios coroados, senhores absolutos da região foi o Major
Antonio Simões. Realizou êsse personagem parte da missão frustrada aos desejos
dos frades capuchinhos.
Um português na
história de Marília
Antonio Pereira da Silva,
português de nascimento, imigrante, tendo em seu sangue lusitano, aquela fibra
e denodo tão característicos de seus antepassados desbravadores dos mares,
lançou-se a uma empreitada de arroio sem limites: adquiriu de Cincinato Braga,
120 hectares de terras, dentro de cuja área se localiza Marília de hoje. Isso
ocorreu por volta de 1910.
Lá pelos idos de 1922, José
Pereira da Silva, filho de Antonio Pereira da Silva, empreendeu a abertura de
um povoado, que manteve o nome já conhecido da região – Alto Cafezal.
A éssa altura, a Cia.
Paulista de Estradas de Ferro já anunciava seus intentos de estender seus
trilhos rumo à nova região, além de Bauru.
Bandeirantes anônimos
construíram um milagre
Gentes de todas as partes do
Brasil, especialmente dos chamados “zonas velhas” de São Paulo, voltaram suas
vistas para o “El Dourado” paulista, a “Terra da Promissão”. Verdadeiros
bandeirantes anônimos, sem o perceber, construíram um milagre. O milagre da
colonização.
O nome de Marília
Tendo o saudoso Bento de
Abreu Sampaio Vidal comprado grande área de terras na região, para cá lançou-se
denodadamente, trazendo consigo aquele calor do progresso, aquela fibra
desbravadora e um tirocínio esclarecedor dos mais elogiáveis. Em pouco tempo,
transformou o povoado num arraial, injetando-lhe a seiva alentadora das
iniciativas dinâmicas que tão bem o caracterizaram na sua invejável e gloriosa
existência.
A éssa altura, depois de
1926, a Cia. Paulista de Estrada de Ferro já engatilhava as providências para
penetrar a região, abrangendo seu lastro que se encontrava parado em
Piratininga. Preconizava a ferrovia, a denominação em ordem alfabética
(crescente) de usa estações, a partir do ponto de reinicio da extensão. Alto
Cafezal, então, teria que mudar de nome. Teria que ser encontrada uma
identificação que se iniciasse com a letra “M”.
Depois de muitas escolhas,
criou-se confusão entre várias idéias apresentadas. Certa ocasião, o sr. Bento
de Abreu – o “Pai de Marília” – viajava para a Itália. No navio, encontrou na
biblioteca, uma edição em portugueses, de 1.780 (mais tarde reeditada no Brasil)
do livro “Marília de Dirceu”, do poeta Thomaz Antonio Gonzaga. Apreciador da
boa leitura, o Sr. Sampaio Vidal empolgou-se pela história e pelo nome de
Marília, a mulher bela e sedutora amada por Dirceu. Telegrafou então ao Brasil,
decidindo em definitivo sobre a escolha do nome da cidade: seria MARÍLIA.
Fatores influenciais
do dinamismo inicial de Marília
A quatro pontos, atribui-se
de modo insofismável, o dinamismo inicial de Marília.
Primeiro, ao espírito
empreendedor de Bento de Abreu Sampaio Vidal.
Segundo, ao movimento
migratório europeu, consequente da I Guerra Mundial.
Terceiro, devido ao surto
cafeeiro revolucionário verificado na região, atraindo gentes de todo os
quadrantes do Brasil.
Quarto, à penetração do
lastro ferroviário.
MARÍLIA DE HOJE (1958)
Distrito de Paz
No dia 22 de dezembro de
1926, foi assinada a Lei 2.161, criando o Distrito de Paz de Marília, sob a
jurisdição do Município de Cafelândia.
Município
Pela Lei nº 2.320, de 24 de
dezembro de 1928, Marília foi elevada à categoria de Município, cuja instalação
se deu em 4 de abril de 1929.
Comarca
Através do Decreto nº 5.956,
datado de 27 de junho de 1933, o município de Marília foi guindado à condição
de Comarca. Em 16 de outubro e3 1944, o decreto-lei 14.234 classificou Marília
como Comarca de 3ª entrância. Oriente e Vera Cruz pertencem a Comarca de
Marília.
Avencas, Lácio, Amadeu
Amaral, Padre Nóbrega, Dirceu, Rosália e Ocauçu compreendem os distritos do
município de Marília.
Localização e Limites
Marília localiza-se na parte
noroeste do Estado, a 22º, 13’, 10” de latitude sul e 49º, 56’, 46” de
longitude.
Limita-se Marília pelos
seguintes municípios, de acôrdo com o disposto na Lei 2.456, de 30/10/53:
Oriente, Pompéia, Getulina, Guaimbê, Júlio Mesquita, Álvaro de Carvalho, Vera
Cruz, Lupércio, São Pedro do Turvo, Campos Novos Paulista e Echaporã. A zona de
Marília propriamente dita, sem as obediências da Lei citada que estipulou os
municípios limítrofes: Oriente, Pompéia, Getulina, Guaimbê, Júlio Mesquita,
Álvaro de Carvalho, Vera Cruz e Lupércio. Campos Novos Paulista e Echaporã
fazem limites com o município de Assis.
Aspectos físicos do
Município
A temperatura média em
Marília, em gráus centígrados é: máxima, 37; mínima, 12; compensada, 24.
Com 652 metros acima do nível
do mar, Marília apresenta uma área de 1.438 quilometros quadrados.
População
Por estimativas, calcula-se
em 110.000 habitantes, séde e município, para 1958, a população de Marília. Tal
população representa menos de 1/5 da de Santos, que é a segunda cidade do
Estado de São Paulo, sendo Marília a 8ª cidade populosa do Estado.
Formação física
O sólo do município é formado
em sua maioria de arenitos, idênticos aos da zona noroeste, classificados na
série cretácea.
A altitude do município varia
entre 500 e 700 metros acima do nível do mar, dentro dum espraiado de dois
longos rios – Peixe e Feio. Sua água é salubérrima e abundante. O clima, regra
geral, é variável, dando assim um “quê” da temperatura da paulicéia – calor,
frio, ventos e até garôa. De setembro a fevereiro os ventos de leste exercem
relativa predominância na região. As chuvas, normalmente, caem em períodos
certos e esperados.
Matas virgens
Poucas matas virgens restam
ainda no município. Explica-se o fato em consequência da civilização da região,
em ritmo acelerado, incrível. Como decorrência, muitas derrubadas foram feitas,
muita madeira foi empregada, muito comércio madeireiro foi realizado, inclusive
com as Capitais de São Paulo e de Estados limítrofes. Peróba, canela, pau
d’alho, ceboleiro e outras madeiras “de lei” identificam a fertilidade das
terras da região.
Em compensação, as florestam
deram lugar a grandes oceanos verdes de café e de outros cereais.
Pecuária e
agricultura
Muita importância representam
para Marília os ramos de pecuária e agricultura. Os dados a seguir divulgados,
atestam bem o que estamos afirmando.
A produção de café no
município é estimada em 658.000 arrôbas; de algodão, 585.000 arrôbas; de
amendoim, 6.776 toneladas; batatas, 80 alqueires, com 32.240 sacas de 60
quilos; soja, 10 alqueires, com 500 sacas de 60 quilos; laranja, 86.150 pés,
com 87.000 caixas; uva, 45.480 pés, com 90.500 quilos; mandioca, 519 alqueires,
com 19.200 toneladas; cana de açúcar, 1.230 alqueires, com 137.760 toneladas;
mamona, 73 alqueires, com 4.380 sacas de 50 quilos; banana, 46.000 pés; com
50.000 cachos.
50.000 bovinos e 30.000
equinos, representam a maior força do campo pecuário de Marília. O valor do
gado bovino foi estimado em 132 milhões de cruzeiros e o do suíno em 40 milhões
de cruzeiros. O município conta ainda com um número aproximado de 4.600
equinos, 4.300 muares, 3.350 caprinos e 22 asininos.
Indústria
Em relação ao tempo de vida
da cidade, Marília tem relevantes acentuação no parque industrial interiorano,
com reflexos já além das fronteiras do município. O município de Marília
ostenta hoje a altura do 10º lugar em valor de produção no Brasil. Destacam-se
as indústrias de beneficiamento do café e algodão, óleos, cervejas e
refrigerantes, artigos laminados.
Mais de uma centena de
estabelecimentos industriais do município dão trabalho à cerca de um milhão e
meio de operários de diferentes categorias, sendo de cerca de um bilhão de
cruzeiros o valor de produção dos citados estabelecimentos industriais de
Marília.
Em transformação existem
diversas outras indústrias e planos, como de produtos têxteis, alimentação,
etc.
O valor da produção de café
beneficiado é de cêrca de 300 milhões de cruzeiros. O de óleos e vegetais
destinados a alimentação aproximou-se da casa de 200 milhões de cruzeiros. O de
algodão beneficiado e recuperação de resíduos soma o montante de 300 milhões de
cruzeiros.
13.000 toneladas de óleo de
amendoim, num total aproximado de 110 milhões de cruzeiros são produzidas no
município atualmente.
Por vários anos seguidos,
Marília vem ocupando o lugar de destaque de o 1º município do Estado produtor
de óleo de amendoim e o 2º na produção de óleo de caroço de algodão.
Comércio
Não se pode negar que o
município de Marília é um dos grandes centros comerciais do Brasil. Mais de
meia centena de comerciantes atacadistas e cerca de dois mil estabelecimentos
comerciais de varejo existem no município, numa prova exuberante e irrefutável
da pujança de seu comércio.
Nas vendas anuais realizadas
pelo comércio atacadista de Marília, figura o município entre os principais do
Estado. Tanto assim, que, dentre os 6 municípios principais dêsse cômputo
(conforme dados do IBGE), em que figura Marília, concentra-se 93% das vendas
atacadistas do grupo principal do Estado!
No campo do comércio
varejistas, dentre os 7 principais municípios do Estado, Marília ocupa lugar de
destaque, eis que dêsse número traduz-se a cifra de 58% do movimento comercial
varejista do Estado de São Paulo.
Fisiografia
Marília pertence a uma das 33
zonas fitográficas em que está dividido o Estado de São Paulo, distando da
Capital, em linha réta, 372 quilometros.
Movimento bancário
Somente São Paulo, Campinas,
Santos e Ribeirão Preto ultrapassam Marília no movimento bancário. O município
inclui-se, justamente, dentre os maiores centros bancários do Estado.
Finanças públicas
No ano de 1957, foi a
seguinte a relação das arrecadações públicas em Marília: Federal Cr$
72.510.383,20 e Estadual Cr$ 157.169.518,80.
O Orçamento Municipal para
1958 é de Cr$ 67.150.000,00.
Ensino
As crianças matriculadas nos
diversos estabelecimentos de ensino da cidade, nas idades compreendidas entre 7
e 14 anos, representam 66% da população mariliense. De conformidade com dados
elaborados por ocasião do Censo de 1950, constatou-se que mais de 60% dos
marilienses são alfabetizados.
108 escolas de ensino
primário (estaduais, municipais e particulares) conta o município, além de 7
estabelecimentos de ensino médio (ginasial, comercial e normal) e duas
faculdades de ensino superior – uma particular, de Ciências Econômicas e uma
oficial, de Filosofia, que deverá funcionar integralmente no próximo ano.
Meios de Transporte
Por via aérea, Marília é
ligada diariamente à Baurú, Tupã, São Paulo e Londrina, através de linhas regulares
da VASP. Existem ainda duas excelentes companhias de taxi aéreo – a COMTAX e o
Taxi Aéreo Hugo Simeone.
Por rodovia, Marília dista de
São Paulo, 529 quilometros. É servida a cidade pelos esplêndidos trens de
bitola larga da Cia. Paulista de Estrada de Ferro.
Comunicações
Marília é servida por
telefones automáticos, da Cia. Telefônica Brasileira, num total de cêrca de
1.900 aparelhos ligados.
Iluminação
A Cia. Paulista de Fôrça e
Luz serve o município de Marília. Na cidade contam-se perto de 9.200 ligações
elétricas.
Veículos
Dentre ônibus, automóveis e
caminhões, Marília apresenta o número aproximado de 3.000 viaturas, além de
cêrca de 1.800 bicicletas e tricíclos.
Imprensa e rádio
Quatro tipografias, nove
livrarias, dois jornais diários (CORREIO DE MARÍLIA e “Jornal do Comércio”)
representam a imprensa de Marília. Três rádio-difusoras – Rádio Dirceu de
Marília, Rádio Clube de Marília e Rádio Vera Cruz de Marília, traduzem a força
da palavra falada de nossa cidade.
Setor hospitalar
Dos melhores possíveis é o
setor hospitalar de Marília, servindo não só a região, como Estados vizinhos,
especialmente o Paraná. Uma completa Sta. Casa de Misericordia, dotada de todos
os apetrechos cirúrgicos modernos e indispensáveis, um Hospital Marília nas mesmas
condições, além de um Hospital Espírita especializado em moléstias nervosas e
mentais, traduzem a força do campo hospitalar da cidade. O corpo clínico dos
aludidos nosocômios, bem como a classe médica da cidade representam o que de
mais eficiente póde ser desejado nesse terreno. Cerca de 60 médicos exercem a
profissão no Município.
Diversões e esporte
No setor de diversões
populares, Marília ainda não está completa de todo. Falta-lhe um teatro, apesar
de existirem na cidade esplêndidos valores do teatro amador, perfeitamente
aproveitáveis. O município possui 5 cinemas, dois dos quais na séde, número
insuficientíssimo para acomodar o público mariliense.
Como entidades recreativas,
destacamos o Marília Atlético Clube, o Yara Clube de Marília, o Marília Tênis
Clube, o Esporte Clube Mariliense, a Sociedade Luso-Brasileira e a União dos
Treze.
Além do clube de futebol
profissional da cidade (Marília Atlético Clube), conta o município com cerca de
40 clubes da cidade e dos distritos, filiados à Liga Municipal de Futeból.
Farmácia e
Odontologia
Poucas cidades do interior
podem gabar-se de estarem tão bem servidas de farmácia e odontologia. Além
disso, Marília é uma das poucas cidades interioranas que possui, em parte
central da “urbe”, uma Farmácia Noturna, que funciona todos os dias, das 18
horas até às 8 horas do dia seguinte, prestando serviços inestimáveis e
socorros urgentes aos munícipes e mesmo à população de cidades adjacentes.
Água
A água potável de consumo
público de Marília é considerada de superior qualidade. Mesmo assim, Marília
possui o seu serviço de fluoretacão de águas, tendo sido o município o primeiro
no Estado a utilizar-se de tal processo. Tal fato ocorreu na administração do
atual prefeito municipal, Eng. Argollo Ferrão.
Autoridades do
Município
Juiz de Direito da Comarca,
Dr. José Gonçalves Santana; Promotor Público, Dr. Carlos Ubaldino Bueno de
Abreu; Bispo Diocesano, D. Hugo Bressane de Araujo; Prefeito Municipal, Eng.
Argollo Ferrão; Presidente da Câmara Municipal, Dr. Fernando Mauro Pires Rocha;
Delegado Regional de Polícia, Dr. Érico Novaes Ferreira; Delegado de Polícia
Adjunto, Dr. Francisco Severino Duarte; Delegado Regional de Ensino, sr.
Arnaldo de Arruda Mendes; Deleg. Regional da Caixa Econômica do Estado, Sr.
Rubens Fukugawa Tomatu; Delegado Regional da Saúde, Dr. Odilon Enout Coutinho;
Delegado Regional das Indústrias, Sr. Domingos de Léo.
Marília, a bela
Marília é assim. Uma colmeia
de trabalho. Um povo realizador, coeso, constituindo uma só família. Progride
diuturnamente. Apresenta cerca de 10.000 prédios, sendo dotada quase totalmente
de iluminação, excetuando-se alguns novos bairros recém abertos. A rêde de água
e esgôto apresenta um índice de mais de 62% das exigências totais da “urbe”. O
mesmo acontece com o sargeteamento e construção de guias. O calçamento está
sendo feito rapidamente, mas mesmo assim não parece tão rápido, tamanho é o
desenvolvimento da cidade e o crescimento de suas zonas periféricas.
Arranha céus gigantescos,
emolduram o alto da serra, proporcionando a identificação da cidade, por via
aérea, há muitos quilômetros de distancia. Politica harmoniosa, Marília jamais
deu exemplos desastrosos entre seus homens públicos, eis que, todos eles, acima
de suas cores partidárias, desfraldam a bandeira do município, os interesses da
cidade e sua gente.
Várias seitas religiosas são
professadas entre os marilienses – inclusive o budismo –, com a mais absoluta
liberdade. Predominando a porcentagem católica, Marília é também séde de
bispado.
Seduz e encanta Marília, pelo
seu dinamismo irrefreável, pela hospitalidade de seu povo, pelo que os
marilienses foram capazes de construir.
Epílogo
Aqui estão, leitores amigos,
num rápido apanhado e num bem intencionado trabalho jornalístico, algumas
coisas do sangue dêsse coração que se chama Marília. Se omitimos alguns
pormenores, dados ou detalhes, confessamos que não o fizemos intencionalmente.
Um compêndio, uma compilação de fatos, de dados estatísticos, além de algo
difícil, póde deixar escapar algum detalhe. Nossos intentos, entretanto, são
demonstrar aos marilienses, com números concretos, a grandeza de Marília. Para
os que residem fóra e que acompanham a vida de Marília e a atuação de seu
grande povo, por quaisquer meios, aqui está um motivo de orgulho, um ponto para
despertar e reviver a saudade. Para os forasteiros, especialmente aqueles que
não conhecem a “cidade menina”, um motivo de apreciação da grandeza desta
terra.
Se atingirmos nosso objetivo,
sentir-nos-emos felizes e satisfeitos.
Texto extraído da revista especial de Natal do Correio
de Marília de dezembro de 1958
39 imagens ilustraram texto
de Marília
O texto acima foi ilustrado
pela revista do Correio de Marília, na edição especial de Natal, por 39 fotos,
que, infelizmente, não temos como reproduzir.
Reproduzimos, entretanto, as
legendas de todas as fotos, uma a uma.
1. 1958 – Trecho da Rua São Luiz
2. 1958 – Trecho da Av. Sampaio Vidal, vendo-se a
primeira vista a Praça Saturnino de Brito
3. 1958 – Trecho da Rua Prudente de Moraes
4. Banco do Estado
5. Colégio Sagrado Coração de Jesus
6. Residência
7. Residência
8. Vista noturna do Edifício do SENAI de nossa cidade
9. A benemérita “Mansão Ismael”
10.
MARÍLIA – 1958 –
Vista Parcial da Cidade
11.
Marília – 1958 –
Prédio da Delegacia da Fazenda
12.
Defronte à indústria
Amendoim Mariliense Ltda., da qual é sócio o Sr. Iraha, parentes e amigos,
notando-se também a sua frota de veículos
13.
Fachada do
edifício de Amendoim Mariliense Ltda., à Rua São Luiz
14.
1958 – Rua
Prudente de Moraes – Vista noturna
15.
Ginásio do Estado
– Marília – 1958
16.
Av. Sampaio Vidal
– Vista noturna – 1958
17.
Trecho comercial
da Av. Sampaio Vidal – 1958
18.
Trecho da Rua 9
de Julho
19.
Trecho da Avenida
Sampaio Vidal – Domingo, comércio fechado, ausência de movimento acentuado que
caracteriza essa via
20.
Magnifica visão
aérea do Hospital Espírita de Marília
21.
Catedral de S.
Bento – Marília
22.
Avenida Sampaio
Vidal
23.
Grupo Escolar
“Thomaz Antônio Gonzaga”
24.
Trecho da Rua São
Luiz
25.
Caixa Econômica
Federal
26.
Pavilhão Infantil
“Dona Antonieta Altenfelder”, estabelecimento hospitalar para servir à Marília
e à região
27.
Maternidade
“Maria Isabel Sampaio Vidal” e Santa Casa de Misericórdia de Marília
28.
Edifícios dos
Correios e Telégrafos e SENAI
29.
PARQUE INDUSTRIAL
30.
RUA 9 DE JULHO –
MARÍLIA
31.
DESFILES
ESTUDANTIS EM MARÍLIA
32.
Fachada do Cine
São Luiz
33.
Fachada da
Associação Feminina Maternidade e Gota de Leite
34.
Aspecto de uma
indústria de Marília
35.
Estação
Rodoviária de Marília
36.
Pateo interno do
Asilo de São Vicente de Paulo
37.
Monumento em
homenagem a Bento de Abreu Sampaio Vidal, grande benemérito de Marília. Localiza-se
à frente da Santa Casa de Misericórdia de Marília
38.
Monumento dos
ex-combatentes
39.
Recanto pitoresco
de Marília – a cidade descansa... é domingo
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