Aqui, dois mais dois, são cinco (4 de outubro de 1973)



Bicicletas, pilotadas na maioria por crianças e adolescentes, fazem misérias nas ruas da cidade, em trânsito impune pelos passeios (calçadas) atrapalhando a circulação dos pedestres e causando pânico e riscos, em pessoas idosas e crianças.

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Se não existisse, deveria existir artigo específico no Código de Posturas do Município, disciplinando horários para a lavagem dos passeios fronteiriços às residências.

Na maioria dos casos, as donas de casa e as empregadas domésticas, lavam ou jogam água nos passeios (calçadas), pelas manhãs, quando os marilienses se dirigem para o serviço ou para o centro da cidade.

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Pedintes continuam intranquilizando a população, mesmo tarde da noite. A maioria, absoluta maioria, vê-se e percebe-se, não são pessoas incapazes para o trabalho. São vadios mesmos, atrevidos e invariavelmente “marrudos” e bêbados.

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Disse-me outro dia, meu particular amigo dr. Paulo Lucio Nogueira, Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Tupã, que naquela cidade não existe esse exército de falsos mendigos. Razão: lá, o S.O.S. funciona de fato.

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Em Poços de Caldas, Minas Gerais, não existem pedintes nas ruas da cidade, apesar de constituir a mesma, um centro turístico. É que lá trabalho social organizado. Aquí, em contra-partida, há políticos que defendem esses desocupados e andarilhos, chamando-os errônea e premeditadamente de “mendigos”.

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Moradores da zona rural, inclusive professoras primárias que residem em Marília, afirmam que, presentemente, todas as rodovias municipais, encontram-se em excelentes condições de conservação. Mais ainda: melhor e permanentemente conservadas do que nas administrações das prefeituras anteriores.

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Em compensação, o órgão competente da municipalidade, está descurando e descuidando na chamada operação “tapa-buracos”. Na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, várias “erosões” surgiram e quando dos reparos das “crateras”, os serviços não foram feitos pelo menos na prática, de maneira totalmente satisfatória.

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Na rua José Anchieta, confluência da rua São Luiz, entre o solo asfáltico e os paralelepípedos, existe uma “cratera” muito ótima para quebrar amortecedores de veículos. Um “remendo” foi realizado há pouco, mas muito mal feito e “a olho”.

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O pior cego é o que não quer ver.

As porteiras da Fepasa e as seguidas manobras das locomotivas e composições, interrompem por tempo demasiado o trânsito pedestre e motorizado das ruas 9 de Julho e Paraná.

Irritam todo mundo. E todo mundo, lembra com amârgor, que o Viaduto ali não foi construído, porque a Câmara de Vereadores não deixou.

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Mesma Câmara que recusou autorizar o prefeito Tatá de construir o necessário, urgente e funcional Viaduto, cogita a passagem superior de nível na rua Maranhão.

O Problema é na rua 9 de Julho.

O mesmo que internar um doente para operar a hérnia e o medico extrair as amigdalas.

Bah!

Extraído do Correio de Marília de 4 de outubro de 1973

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