Votemos pró Marília (15 de outubro de 1974)
Faltam dois meses e meio para
o término deste ano da graça de mil novecentos e setenta e quatro.
O relógio não para, os dias
caminham apressadamente, devorando semanas e engolindo meses seguidos. O tempo,
inexorável e místico, acobertando a incerteza do porvir, vai andando sempre,
deixando para traz os fatos, os exemplos bons e maus das criaturas humanas.
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Falta exatamente um mês para
que o eleitorado compareça às urnas, a fim de, no exercício do voto livre e
independente, eleger os deputados estaduais e federais e decidir também quanto
a uma vaga no Senado Federal.
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É chegado o momento que está
a exigir um exame de consciência. É chegado o momento do leitor fazer valer seu
direito, votando livremente, sem influenciar-se ou deixar-se influenciar por
pedidos de amigos, por promessas de empregos ou vantagens.
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É urgida a necessidade de
pensar-se em Marília, em termos de Marília, em amor sincero pela cidade que nos
dá condições de vida, que nos facultou o estreitamento de nossas relações
amistosas e recíprocas e que tão carinhosamente nos acolhe e nos orgulha.
É chegado o momento de votar
em Marília, para Marília, para nós próprios, elegendo nossos candidatos
legítimos.
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Votando e elegendo nossos
próprios candidatos, passaremos a contar com nossos próprios delegados nos
parlamentos, aos quais poderíamos ter a condição de exigir trabalhos pelo
futuro e pelo desenvolvimento das coisas e causas marilienses.
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Não o fazendo, deixaremos de
ter vozes próprias na Assembléia Legislativa e Câmara Federal, perpetuando o
indesejável estado de orfandade que sempre nos caracterizou, restando-nos o
contundente consolo de continuarmos a pedir favores de chapéu na mão e de
contar como vimos contando de serviços de deputados “por empréstimo”.
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Erramos muito no passado.
É tempo de repararmos esses
erros, unindo todas as nossas forças, no sentido de elegermos nossos próprios
deputados.
É tempo de pensar mais em
Marília.
É tempo de votar por Marília.
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No terreno de candidatos a
Assembléia, Marília possui dois candidatos íntegros, capazes, eficientes, que
apresentam as condições exigidas, para falar no Palácio 9 de Julho, advogando
nossos interesses.
Se a preferência do eleitor
for pelo partido da oposição, vote em Oswaldo Doretto Campanari, que é
mariliense e legítimo candidato de nossa terra. Um poço de virtudes e de
exemplos indiscutíveis.
Se, ao contrário, é interesse
do leitor e eleitor, votar no partido do Governo, no afã da preservação do
regime revolucionário, dê seu voto a Sebastião Mônaco, mariliense de mais de 40
anos, contador e advogado, que já exerceu com eficiência o mandato de vereador
em Marília.
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Num ou em outro, votemos
certo, votando a favor de Marília.
Eu posso fazer semelhante apelo:
nunca votei, não voto e nunca votarei contra minha cidade adotiva!
Extraído do Correio de Marília de 15 de outubro de 1974
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