JUREMA, ordinário… marche! (04 de setembro de 1974)
Quando da época de
pré-eleição municipal passada, uma circunstância surgida nas hostes
doutrinárias locais, acabou provocando uma guinada de 90 graus nos rumos da
política mariliense.
Felipe Elias Miguel, na época
havia sido apontado em convenção arenista como candidato à Prefeitura, em
substituição a Octávio Barretto Prado. Sua meta básica, independente de
plataforma política e de trabalho, firmara-se num “zenith” de renovação de
nomes e valores. Uma espécie de tentativa de transformação dos homens políticos
atuantes, desmontando-os do cavalo, para entregar a sela a elementos mais
jovens e mais entusiastas.
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Cedendo seu lugar a Pedro
Sola, este acabou por merecer a maioria da preferência popular, tendo sido
eleito prefeito municipal de Marília.
Não resta dúvida de que
Felipe conseguiu fazer vingar, de certa forma, um quinhão do idealismo dessa luta
de renovação. Tanto isso é verdade que o mesmo espírito voltou a configurar-se
mais tarde, com a eleição de Luiz Rossi para presidir a Câmara Municipal.
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Em verdade, de muitos anos
para cá, a expressividade majoritária de nossa força política, especialmente em
termos de vereança municipal, tem apresentado as características e os sintomas
do futebol varzeano: trocam-se as camisas, mas os jogadores continuam sempre
sendo os mesmos.
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Se não pôde verificar e
consubstanciar a pretendida renovação, em sentido mais efetivo e profundo, no
que respeito diz a área da vereança, forçoso é que se reconheça, naquela época,
uma ação de apatia e de omissão mesmo, por parte da nossa juventude.
Basta lembrar que Armando
Biava, um dos candidatos a prefeito e Pedro Sola, o candidato vitorioso,
andaram acenando para os jovens marilienses, concitando-os e convocando-os a
participar do pleito eleitoral, como futuros vereadores.
Nem Biava e nem Sola
conseguiram entusiasmar os valores jovens da cidade, com exceção de Eduardo
Rino, que não conseguiu ser eleito, mas que teve seu valor observado pelo
prefeito Pedro Sola e por este foi aproveitado, desde os primeiros dias de seu
governo em Marília.
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Uma clarinda consciência vem
de astalar, agora, no seio de jovens marilienses. Perceberam eles, de que é
chegado o tempo de modificar o padrão do “futebol varzeano”, com a substituição
de jogadores e camisas.
E surgiu a JUREMA JUVENTUDE
Renovadora Mariliense.
A JUREMA vem de assumir,
perante toda nossa população, enorme responsabilidade: injetar plasma novo na
política local, para consumar, em definitivo, a renovação que Felipe e Sola
preconizaram.
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Essa juventude deve ir desde
já iniciando a construção de trincheira. Ela deverá indicar, no próximo pleito,
os novos marilienses, que assumirão o leme da política local. E apontar ao
público aqueles que irão ser os futuros prefeitos, os futuros vereadores e os
porvindouros deputados de nossa cidade.
Eles serão os provocadores de
nova era política e da metamorfose geral nesse terreno, para que Marília, nesse
particular, deixe de apresentar os sintomas e as características de futebol
varzeano.
JUREMA, ordinário… marche!
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