Hoje, Dia da Árvore (21 de setembro de 1974)
Comemora-se neste 21 de
setembro o Dia da Árvore.
Conscientizando-nos da
importância da efeméride, resta-nos o contundente pezar de aceitarmos a
auto-condição de sermos uma nação que mais destruímos do que plantamos árvores.
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Neste último meio século, o
machado destruidor vitoriou-se de norte a sul na fabricação de desertos,
destruindo, especialmente no sul do Brasil, oitenta por cento – ou mais – do
grande oceano verde.
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Somente de uns anos para cá o
reflorestamento parcial passou a ter presença, mas sem atingir até aqui sua
plena maturidade. Mesmo apesar da sombra da Lei, destinada ao fim com a
disciplinação de incentivos fiscais.
Não conseguiu a sombra da lei
fazer ainda a sombra das árvores.
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O advento da Rodovia
Transamazônica, levando o progresso do sul ao norte do país, torna-se também um
caminho aberto para a gana destruidora de nosso potencial de martas virgens,
fazendo prever um porvir funesto, que será lamentado pelas gerações futuras – a
menos que escalões superiores voltem para o problema vistas no afã de impedir a
presença do machado destruidor.
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O Dia da Árvore foi
comemorado pela primeira vez a 21 de setembro de 1872, no Estado de Nebrasca,
nos Estados Unidos da América do Norte.
Depois do povo americano,
outras nações passaram também a adotar a data como respeito, importância e
preservação das florestas.
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No Brasil, a primeira
comemoração do Dia da Árvore aconteceu não no dia 21 de setembro, mas sim no
dia 7 de julho de 1902, antes da fixação da data oficial agora adotada e que
hoje se comemora.
Coube a primazia da primeira
homenagem dessa data à cidade paulista de Araras. E desde aquele ano (1902), a
dinâmica e progressista Araras cultua suas árvores com desvelado carinho.
Tanto isso é verdade que em
Araras “em todo quintal existe pelo menos uma árvore”.
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Providencias precisam ser
adotadas pelos governos no sentido de impedir a sequência desse fabrico de
desertos.
Independente do panorama
legal vigente do reflorestamento através de incentivos fiscais, deveria o
Governo da União baixar e fazer cumprir um decreto lei que bem poderia ter a
seguinte redação:
“Artigo 1º. e único – Todas
as propriedades rurais do Brasil ficam obrigadas a plantar e manter em suas
terras no mínimo um terço de suas áreas devidamente florestada ou
reflorestada”.
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Procuremos conservar as
árvores.
Árvores que dão sombras,
flores, aromas e frutos. Que evitam erosões e aridês das terras. Que conservam
a fertilidade do solo.
Que, no dizer da Prece da
Árvore, publicada na coluna social desta edição, dão-nos a proteção para nosso
ouro, o teto para nosso abrigo, a lenha para nosso calor, a mesa para nosso pão,
o leito para nosso repouso, o apoio para nossos passos, o bálsamo para nossa
dor, o altar para nossa oração e o caixão que nos acompanha após nossa morte!
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