Duas cartas (13 de setembro de 1974)
Geraldo Tassinari é um
mariliense genuíno.
Foi no passado um dos grandes
e eficientes locutores da radiofonia local. Também foi colaborador deste
jornal.
Como profissional de rádio
foi um valor eclético: locutor comercial, locutor de transmissões externas,
narrador, rádio-repórter, apresentador de programas de auditório, locutor
esportivo, etc.
Há anos transferiu-se para
São Paulo, integrando o departamento de esportes da Rádio Nacional, ao lado de
Wilson Brasil. Paralelamente, passou a militar na imprensa paulistana.
Hoje Tassinari deixou o rádio
e o jornal para dedicar-se a publicidade.
É um “expert” nessas funções
e lugar-tenente de uma das mais conceituadas empresas do gênero, a “Mac Cann –
Erickson Publicidade Limitada”.
Deixou Marília mas acompanha
Marília, vive Marília, transpira Marília – seu berço natal.
Tassinari escreveu-me uma
carta, ontem recebida. É um documento de amor à terra, de estima ao povo
mariliense, de preocupação pela sua cidade.
Vou transcrevê-la, “verbum ad
verbum”, para conhecimento de meus leitores e dos amigos de Geraldo Tassinari.
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“Meu caro José Arnaldo:
Você é um cara difícil. Vem
aqui, não me visita. Vou ai, não o encontro.
Leio-o diariamente. Acompanho
suas lutas, que é um reforço e uma renovação de tudo aquilo que fazíamos ai,
pretendendo, acima de tudo, botar Marília na crista da onda, beneficiando-a com
os recursos que fossem possíveis, para torná-la cada vez maior e mais dinâmica.
Mas como tem gente contra
nossa terrinha, não?
Anexo, encaminho à você, para
publicação ou com destino à cesta, pequeno comentário sobre um pouco de tudo.
Se lhe interessar, de vez em
quando mandarei algo escrito.
Mesmo à distância, Marília
está pertinho de meu coração e não posso perder oportunidade de fazer dela a
nossa bandeira.
Outro dia, já dei uma prensa
no pessoal da Rádio Tupi, que anda falando mal do interior. Li um artigo do
Penaforte e fiz sentir pessoalmente o drama à turma do esportes.
E o Anselmo, vai bem? Dê-lhe
um grande abraço.
Ai estarei no princípio do
ano e quem sabe teremos um tempinho para, em torno de um caneco geladinho,
bater um papo mais longo. Um abração, etc.”
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Aqui, um bilhete-resposta:
Amigo Tassinari, sua carta
trouxe-me alegria dupla: lembrar de um velho amigo e corroborar seu amor à
nossa querida Marília.
O artigo será aproveitado,
sim.
Vou publicá-la na edição do
“Correio” do próximo domingo, dia 15.
Póde mandar outros, querendo.
Quando de minha próxima
andança à Capital, irei tomar um cafezinho com você, pois agora fiquei sabendo
o endereço.
Continue a querer Marília.
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