Uma conceituação política (17 de agosto de 1976)
Aqueles que se acostumaram a
acompanhar os conteúdos desta coluna devem ter observado que, todas as vezes
que tecemos comentários sobre política, fazemo-lo com a mais absoluta independência,
inclusive citando fatos e nomes.
--:--
Em tempo hábil, mesmo quando
Felipe não confessava e nem admitia que o nome de Tatá seria o da sua mais
inteira preferência, esta coluna antecipou-se, para firmar, que, mesmo não
confessando-o, Felipe “morria de amores políticos” pelo ex-prefeito Barretto
Prado. E que, pela sua vontade, Tatá seria seu candidato.
Alguns nos refutaram, mas nós
sabíamos muito bem o terreno que estavámos pisando.
--:--
Quando Ruy Garrido opoz-se à
indicação de Tatá, como eventual participante da chapa de Felipe, como
candidato a vice-prefeito, também coluna esta manifestou-se, para reafirmar que
se de Felipe dependesse, só Tatá viria a ser seu companheiro de chapa.
Nós sabíamos o porque desta
afirmativa.
--:--
E Tatá acabou sendo mesmo o
elemento indicado e se não fôra o golpe do próprio destino, ceifando-lhe a vida
de maneira inesperada e abrupta, hoje deveria estar em luta aberta na presente
campanha eleitoral.
O desaparecimento do
ex-prefeito, a par da constrição geral, acabou por criar uma lacuna de cunho
político na Arena-1 e particularmente para o seu candidato oficial, Felipe
Elias Miguel.
--:--
Após o impacto desse infausto
acontecimento, cogitou-se e iniciou-se o movimento, no sentido da substituição
do nome de Tatá, o que teria mesmo que ser feito.
Alguém lembrou o nome de
outro ex-alcaide, o Engº. Armando Biava e mesmo tendo este, quando prefeito,
bambeado-se para o Governo Adhemar de Barros, nós não acreditamos na
aquiescência de Biava, ombreando-se com Felipe.
--:--
Marchas e contra-marchas
foram estabelecidas. Sondagens, conchavos, idéias e citou-se o nome do Engº.
Domingos Alcalde.
Ainda desta vez, coluna esta
não deu crédito ao propalado, preconcebendo de que o Mingo não sairia junto com
Felipe.
--:--
Poderia sair o Quico, mas o
Mingo, não.
Sexta-feira passada, em
“Conceito que outros não fazem” desta coluna, ficou delineada a
consubstanciação do porque de tais entenderes.
Existe um fenomeno
aparentemente inexplicável, mas que tem sua conceituação sólida, embora para
alguns tal não se configure como lógica.
E por razão essa dissemos
naquela ocasião – quando tudo fazia entender para muitos que Domingos Alcaide
seria o vice de Felipe – que se o vice de Felipe fosse elemento que não tivesse
alguma ligação direta ou indireta com o ex-pessepismo, isso representaria a
maior “zebra” política de Marília.
Dissemo-lo e aí está o fato.
E confirmamo-lo.
Se o vice de Felipe não for
elemento ligado ao ex-adhemarismo, será zebra.
--:--
A menos que, para contrariar
tais pontos de vista, um outro elemento que não tenha tido vinculos com a
referida política pretérita, venha a ser aceito.
Mesmo assim nosso ponto de
vista será o mesmo, pois tal fato viria a traduzir-se numa “zebra” previamente
preparada.
Macacos nos mordam.
Comentários