O primeiro jogo do Brasil (15 de junho de 1974)
Selecionado brasileiro de
futebol não foi feliz em sua primeira apresentação na Alemanha. O jogo do
Brasil frente a Iuguslávia veio provar tudo aquilo que se disse a respeito do
preparador Zagalo.
O técnico, embora ninguém lhe
negue virtudes como preparador, continua a apresentar uma caturrice das mais
comprovadas.
Zagalo deixa-se influir por
questões de amizade e simpatias pessoais e isto ficou provado à sociedade.
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Mas vai ter que “mexer” no
time, senão quizer ser o responsável direto de eventual de catastrófica derrota
do Brasil, frente a Escócia, na tarde de terça-feira próxima (18/6/1974).
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Quinta-feira passada (13/6/1974), o avante Mirandinha teria, no mínimo, que
figurar no banco de reservas. Mas não aconteceu isto e todo mundo notou.
Já disse muitas vezes que
Zagalo alimenta antipatia por jogadores de fóra, especialmente vinculados a
times paulistas. Se não é verdade, pelo menos a coincidência é bem acetuada e o
“modus operandi” já demonstrou isso numa série de vezes.
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Por ocasião do último
campeonato, todos lembram, Zagalo não tinha a mínima disposição em convocar
Rivelino e também não estava muito animado a deixar Pelé no Selecionado.
Inda num dos últimos prélios
do Brasil, em 1970, quando o selecionado jogou no Morumbi, frente a Iuguslávia,
o povo todo pedia a inclusão de Leivinha mas Zagalo fazia ouvidos moucos. Só em
virtude da contusão de um dos titulares é que o técnico foi obrigado a mandar
Leivinha entrar em campo.
O Brasil venceu por 2 x 0.
Leivinha faturou os dois santos.
O Brasil venceu por 2 x 0.
Leivinha faturou os dois tentos.
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Quinta-feira Leivinha jogou
mal, muito mal.
Wilson Piazza foi uma geração
das mais berrantes.
Waldomiro esteve perdido.
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Edú tem que entrar na
Seleção. O mesmo com respeito a Mirandinha. Senão, o Brasil não conseguirá
passar pela Escócia. Se perder poderá pensar em arrumar a bagagem para o
regresso.
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Ainda quinta-feira passada,
comentava eu, com base em jornal estrangeiro que havia lido cerca de quinze
dias atraz, que a crônica esportiva alemã, até aquela época da edição do
hebdomadário referido, “não botava fé” no Brasil.
E os comentaristas que assim
emitiram conceitos tiveram consagrados seus pontos de vista, após a
consideração do primeiro jogo de nossos atletas.
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A confiança de parte dos
brasileiros continua ainda viva e latente.
Lembremo-nos que no Chile, o
Brasil empatou na sua primeira exibição e depois sagrou-se campeão.
Agora o Brasil, para chegar
às oitavas de finais, terá que vencer dois perigosos adversários: Escócia e
Zaire.
Vamos torcer por isso e vamos
contar com isso.
Todavia, se Zagalo não mexer
no time, se teimar em conservar o elenco como formou quinta-feira, vai ser
difícil, muito difícil.
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Edú tem que entrar no time,
pela canhota. Mirandinha deverá entrar, fazendo dupla de ataque com Jairzinho
ou mesmo com César.
Zagalo deve perceber que no
último jogo o ataque só insistiu em infiltrações pelo miolo da defesa
adversária, fazendo isto durante 90 minutos, sem resultado algum.
Se é inteligente, deve também
ter percebido que bolas altas frente a uma defesa compacta, formada por homens
gigantes, é malhar em ferro frio.
Vamos alimentar a esperança.
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