Uma entidade necessária (17 de maio de 1974)
Lá por volta de 1956 tentei
fundar em nossa cidade a Associação dos Cronistas Esportivos de Marília.
A pretensa entidade visava a
congregar, numa irmandade de classe, todos os elementos que militavam, em
diferentes órgão de divulgação, em assuntos relacionados com o esporte da
cidade e mesmo da região.
Narradores de futebol,
comentaristas esportivos, redatores de esportes, participantes efetivos como apresentadores
de programas do desporto, operadores de som que atuavam nas quadras e praças
esportivas e mesmo nos estúdios de emissoras, seriam os associados da entidade.
Esse era o plano.
Previa, na medida do possível,
a prestação de assistências médicas, jurídica, hospitalar e dentária aos
associados, faculdades que teriam que ser executadas à longo prazo.
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Consegui realizar duas
reuniões da classe, sobre o assunto. Uma, a primeira, no auditório da Rádio
Dirceu e outra no auditório da Rádio Clube de Marília.
Não foi possível, no entanto,
concluir o idealistico plano. Frieza, falta de coesão ou mesmo de compreensão,
anteciparam o fracasso de idéia.
E nunca foi fundada a
pretendida Associação dos Cronistas Esportivos de Marília.
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Agora, pretendo levar avante
uma outra empreitada: Fundar a Associação de Imprensa da Alta Paulista,
entidade que terá por objetivo congregar os profissionais de imprensa e rádio
de Marília e da região.
Um êmulo da Associação
Paulista de Imprensa, guardadas as devidas proporções, cingidas aos limites
regionais, moldada, em especial, no que couber, aos estatutos da Associação
Sorocabana de Imprensa e também da Associação Campineira de Imprensa.
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Será uma entidade de classe,
apolítica, sem idologias doutrinárias, sem preconceitos de cor ou de religião.
Associação visando a união e
valorização dos profissionais de imprensa e rádio, defensores de seus direitos,
sem constituir-se instrumento de dissidio entre empregadores e empregados.
Que procurará a reverência às
datas cívicas, a divulgação dos fatos dentro da verdade indesviável,
respeitando e impondo o próprio respeito aos cidadãos e autoridades.
Solicidificando a união e o
respeito, promoverá motivações e enforques de reuniões, de atenções aos
companheiros e prestará assistências mínimas aos seus associados e familiares.
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Este pequeno comentário, à
guisa de informação preliminar, serve também como chamamento à classe dos
homens de imprensa e rádio de Marília e região.
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Em época oportuna tentarei
estabelecer o competente contacto, promovendo a reunião preliminar, expondo os
planos e apresentando subsídios para a designação de uma comissão, que se
incumba de elaboração dos Estatutos Sociais.
Nesse conclave, pretendo
contar com jornalistas e radialistas de outras cidades da Alta Paulista, além
de Marília, a fim de serem dados os passos iniciais da fundação da AIAP,
Associação de Imprensa da Alta Paulista.
Extraído do Correio de Marília de 17 de maio de 1974
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