Candidato, ainda (03 de maio de 1974)
Há um trinômio, que se pode
comparar a um conjunto étnico, a justificar o ról imenso de escritos que tenho
publicado, sobre a urgência inevitável de Marília eleger um seu representante
legítimo à Assembléia Legislativa.
De um lado, a fé de ofício,
de outro o idealismo jornalístico, e, de outro ainda, o amor por Marília.
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Esse proceder já gerou-me o
manifesto direto e indireto de duas correntes: uma pró e outra contra.
Não o “pró” e o “contra” em
termos frontais e objetivos, diga-se. O referido “pró” é representado por
aqueles que me procuram para incentivar-me e estimular-me para prosseguir nessa
contenda, na convicção de que a prestação de servição de que a prestação de
serviços a respeito tem seu lado bom, seu lado útil, seu lado bem intencionado.
O “contra”, neste caso, é representado por outros leitores e amigos, que
confirmam-me estar eu perdendo tempo, sem nada lucrar com isso, concluindo por
aconselhar o “deixa disso”, porque nada de positivo vai resultar.
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Sou grato às duas facções
opinativas.
Mas prossigo, como venho
fazendo, nesse campo político, desde 1947.
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Contradigo ainda os que
pensam ou afirmam de que Marília não tem elementos próprios capazes de bem se
desincumbirem de uma função legislativa estadual.
Temos muitos, embora nem
todos tenham, por parte do colegiado eleitoral da cidade, uma penetração mais
profunda.
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Já fiz referências à mais de
uma dezena de nomes marilienses dignos e capazes, embora alguns não tenham
aquilo que se poderia classificar com o rótulo de “popularidade eleitoral”.
Sempre citei homens sérios,
marilienses autênticos, de ilibada personalidade, mesmo que alguns deles não
sejam do gosto das hostes diretivas da política municipal. Mas citei nomes de
peso e de valor.
E continuarei citando, em
lembrança colaborativa, à guisa de subsídios.
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Nada lucro, mas também nada
perco com isso. Antes, desobrigo-me conscientemente de função especifica,
jornalisticamente falando.
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Há outro nome que póde servir
de observação e análise para a Arena: Kalil Haddad.
O presidente da Associação
Comercial de Marília vem realizando uma administração e um comando dinâmico e
operoso na referida entidade. É moço, idealista, trabalhador e não é político.
Teria a simpatia da classe
comerciante e comerciária de Marília. Poderia ser sondado, convidado.
Dos muitos nomes aventados,
poderia entre as próprias hotes políticas, surgir um futuro candidato arenista
mariliense, para disputar uma poltrona vermelha do Palácio 9 de Julho.
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Gente capaz em Marília há.
Parece o que não há é uma
unificação de intentos, uma coesão de pensamentos, um interesse mais urgente e
mais objetivo no caso.
Isso, sim.
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