Bom dia, balzaqueana adorável (04 de abril de 1974)
Bom dia, Marília.
Bom dia, minha balzaqueana
adorável.
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Todos nós, todos, sem
exceção, estamos muito felizes. É que hoje é o dia de teu aniversário, Marília.
Quarenta e cinco anos de vida
municipal. Quase meio século de trabalho diuturno, honrado, exemplar,
conduzindo qual célula viva, a chama acesa do próprio progresso deste colosso
que é nosso Estado.
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Sabe, Marília, nosso Estado
orgulha-se muito de você. Também nossas irmãs, as cidades da Alta Paulista.
É que você é bacana mesmo.
Muito bacana.
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E os seus exemplos, Marília?
Grandes exemplos.
Você é um sonho permanente,
um milagre realizado.
Recorda-se do passado?
Recorda?
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Eram matas virgens, que a
natureza havia plantado num solo exuberante e fértil. Terra boa, com aquele
cheiro acre de sua qualidade, que mesclava-se com o odor das florestas. Onde os
animais selvagens tinham seu “habitat” e os índios caingangs eram os donos da
região.
O céu era muito bonito. Tão
bonito como ainda é hoje, só que naquela época era completamente virgem, sem
nenhuma poluição. Os pássaros formavam orquestras agradáveis e barulhentas.
Era assim, Marília.
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Um dia começou a chegar a
civilização.
Foram abertos clarões no
grande tapete verde. Começaram a surgir os primeiros ranchos de madeira.
Lançaram-se no ventre da terra as primeiras sementes.
Num rápido lapso de tempo,
principiou-se a delinear o arraial, depois o prenúncio de uma cidade.
Lembra-se, Marília?
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E o crescimento?
Como foi rápido, Marília!
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Escolas, hospitais, guias de
sarjetas, calçamento, estabelecimentos comerciais, as exigências mínimas do
progresso. Progresso que não parou. Que continua, sempre.
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Esse teu progresso foi citado
pelo maior jornal do mundo, o “Time”, de Londres. Quando você só tinha 10 anos
de idade.
Você lembra, Marília?
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E os exemplos? Todos eles. De
amor à terra. De trabalho. De independência. De civismo. De lutas. De
patriotismo. De cultura. Tantos, tantos, Marília.
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Você foi a primeira cidade do
Estado a formar um Batalhão Militar com seus filhos. Foi em 1932, lembra? O
“Batalhão Marília” partiu daqui diretamente para o “front”. Lá esteve tua
bandeira, teu nome, teus filhos.
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Em 1944, teus filhos também
partiram para a Itália.
Iriam enfrentar, como
enfrentaram, numa guerra armanda, inimigos temíveis, terríveis e experimentados
na arte de matar!
Você tem orgulho disso tudo,
não tem?
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Mas você é muito feliz,
Marília.
Mais feliz ainda porque você
sabe fazer com que todos seus filhos, autênticos ou genuínos, sejam também
muito felizes.
Felizes e orgulhosos.
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Bom dia, minha balzaqueana
adorável!
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