Desrespeito humano? (16 de março de 1977)
Sim, de desrespeito humano
poderia tachar-se certos cometimentos que aqui se operam e que questiunculas
políticas fazem mover.
Há um número – pequeno, é
certo – de marilienses, preocupado em desmoralizar, desprestigiar, antipatizar
e escarnecer o nome do ex-prefeito Pedro Sola.
Mas, existe um número grandioso
– felizmente – de bons amantes de Marília, que será sempre grato à
administração municipal que se findou, pela fecundidade que a mesma provou, em
números e dados, em termos de desenvolvimento da cidade e do município.
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Durante quatro anos a Câmara
da ocasião, pela maioria de seus membros e pela maioria de seus átos,
constitui-se na intentona de uma barreira aos alvos do ex-prefeito.
E, ao envés de desmoralizar o
antigo alcalde, ela própria, a Câmara, acabou por expor-se ao ridículo, ao
descrédito público, atraindo para si antipatias, ogerizas, ridicularizações.
Vereadores foram xingados e
até ovos podres foram atirados em plenário – o que de nossa parte reprovamos.
Foi a colheita de um plantio.
Plantio de cegueira política, da teimosia doutrinária, da impetuosidade
personalística, da tentativa de imposição impossível.
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E, dessa luta inglória da
Câmara Municipal passada saiu fortalecido o prefeito anterior. E cresceu o
colegiado eleitoral do mesmo, a ponto de ter sido ele o maior cabo eleitoral do
prefeito óra no poder.
E sua fama proliferou além
das fronteiras, dando-lhe um galhardão de respeito e de crédito, inclusive no
seio das próprias Forças Armadas.
Operoso e isso ninguém poderá
negá-lo. Nem seus mais figadais adversários políticos.
Trabalhador e dinamico.
Executor de obras dinamicas, “briguento” por excelência – no bom termo e em
pról de Marília.
Amante e amigo de Marília,
pela qual sempre duelou e se degladiou e ainda continua a lutar e degladiar-se.
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Mesmo quem político atuante
não era na ocasião, que não é cego e que agora cambiou de situação, não pode
ignorar e nem desconhecer a excelente folha de bons serviços que Pedro Sola
prestou a Marília.
Mas o vírus das questiunculas
políticas contaminou algumas pessoas e estas desejam desmoralizar, desrespeitar
a criatura humana.
Propõem-se a esmiuçar a
administração anterior na ansia e gana de encontrar erros, falhas ou omissões.
E esquecem-se que o povo é o
juiz soberano. Que recentemente deu uma prova de sua soberania, alijando da
Câmara Municipal a presença de muitos futriqueiros e inimigos do progresso
mariliense.
E esse mesmo povo estará
também fiscalizando os que se propõem a fiscalizar. E saberá, na sua vontade e
judicioso entender dar a resposta a tempo.
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Há nessas condições um
desrespeito humano.
Pedro Sola, o prefeito do
passado, não teve siquer o direito de ficar doente um dia. Trabalhou de segunda
a domingo e de janeiro a dezembro durante quatro anos. Trabalhou por Marília,
para Marília, para os marilienses.
A maioria absoluta – graças a
Deus – dos marilienses que reza pela cartilha do desrespeito humano o faz por
caturrice, sabendo que deve ser grata a quem realiza, a quem trabalha, a quem
constrói e a quem engrandece.
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