O jogo das coincidências (04 de fevereiro de 1977)
Se não tratará aqui, do jogo
das coincidências que nos apresenta a Silvio Santos, através da televisão.
Sim, de outro jogo.
Falamos de nossa Câmara
Municipal.
Registrada já, em sua
primeira reunião, uma coincidência do mesmo quilate, de algumas das muitas
contundentes sessões do legislativo anterior.
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Quatro anos de edilidade
pretérita, marcados indelevelmente por desentrosamento de idéias, dentro de um
mesmo partido – por sinal, o partido do Govêrno.
Com tais dissidências e
desarmonias arenistas, onde treze vereadores se dividiam e degladiavam em
idéias, edis emedebistas, em número de dois apenas, tiveram suas vantagens
indiretas e conseguiram tirar as suas casquinhas.
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Repete-se a história, com a
caracterização dos conchavos políticos, consubstanciados e configurados quando
da eleição da atual Mesa de nossa edilidade.
Onze vereadores da situação
contra apenas quatro da oposição. Se tivessem desejado e bem querido, os onze
edis situacionistas, teriam solucionado de maneira fácil o problema. Isto é, se
tivesse nascido o sentimento de compreensão e de acordo, o que fazia um bloco
sólido e majoritário. Mas tal não ocorre, porque existem resquícios de vaidade
pessoal, ditando moda pelaí.
Existem.
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O engalfinhamento de idéias
entre os edis Santo e Mingo, adicionados ao protesto de Aldo, já deram para
muitos, o sabor de uma frustração.
Muitos de nós estávamos
saturados de insensatezes da Câmara anterior e muitos de nós, através dos votos
livres de 15 de novembro, conseguimos alijar muitos daqueles outros, que, por
suas atitudes desmedidas e caturras, durante quatro anos, consecutivos, se não
fizeram credores da mesma continuidade de confiança.
Todavia, oxalá o entrevero
não passe de um falso presságio.
Oxalá.
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De dissidências como as que
se desenharam por ocasião da eleição da Mesa da Câmara, manipuladas pelos
integrantes do partido da situação, é que se teme a reprise de fatos do
pretérito.
Fatos, que ao invés de
denegrir a Câmara – como muito se disse – redundaram em detrimento dos próprios
interesses do município e dos munícipes.
Senão, vejamos:
A desunião da Arena, na
legislatura passada, além de fazer o jogo do emedebê em muitos aspectos,
ocasionou uma oposição sistemática – apesar de veementemente negada – ao Poder
Executivo.
E disso, os contras a
problemas de fundamentais importância para o dinamismo mariliense, como, por
exemplo, cemitério, cozinha piloto, bosque, rodoviária, viadutos, Codemar,
Fumares e muitos outros.
“Remmember, remmember”.
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Os que, com seus votos
livres, democráticos e independentes, elegeram os atuais vereadores, alijando
nada menos do que onze dos que antes existiam, esperam uma Câmara com
comportamento diferente da Câmara passada.
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