Tem dessas coisas… (15 de janeiro de 1977)
Governo tem suas razões, mas
parece que não seria esta a medida exata, para a solução do angustiante
problema do petróleo.
Quiçá um racionamento bem
justo e equanime, pudesse surgir melhores efeitos do que esse empréstimo
compulsório, que nada poderá significar para os ricos e poderosos, mas que, por
outro lado, além de sacrificar os mais pobres, poderá refletir diretamente
contra a maioria, que por razões óbvias, será afetada pelas altas dos sistemas
de transportes.
Embora o assunto seja de suma
importancia e grande responsabilidade, comportaria aquí, a piada do sertanejo,
que era obrigado a fazer suas compras no único armazém que existia na região
agrícola.
Sempre que ele ia adquirir um
produto, o comerciante dizia que havia subido, devido a alta da gasolina.
E, cansado de ouvir sempre a
mesma ladainha, um dia o caboclo “explodiu”:
- Eu num tenho tomóve, num
tenho lampião à gazulina, num tenho isquêro i num bêbo gazulina… u qui é qui eu
tenho cum isso?
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Transito
diariamente pela Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes.
De
domingo último, até quarta-feira passada, vi várias centenas de jovens, aflitos
e esperançosos, participando dos vestibulares para ingressar em nossa Faculdade
de Medicina.
Para
muitos, o desusado movimento poderia enquadrar-se no corriqueiro e comum, em
simples sabatinas escolares. Mas não foi isso.
Eu
próprio, se não tivesse sentido nas carnes, o problema angustiante dessa
juventude, poderia igualmente assim ter pensado.
O
certo, porém, é que para os que acompanharam as horas de estudo desses jovens,
o fato é e ter-se dó dos mesmos.
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Dentro
de 45 dias, deverá começar a vigorar a medida legal, de compulsoriedade de
empréstimo para os que irão adquirir gasolna para seus veículos.
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Presidente
da Associação Médica Brasileira, Dr. Pedro Cassab, esteve recentemente em
Bauru, para hipotecar solidariedade aos médicos da “cidade sem limites”, face
ao impasse surgido entre a classe e a diretoria da Santa Casa bauruense.
A
propósito, o assunto teve repercussão em todo o país e em certos casos, gerou
até confusão. Dia destes, ao tomar um taxi em São Paulo, perguntava-me o
motorista, se havia chegado a bom termo a crise dos médicos de Marília.
Poderei
que não era em Marília e sim em Bauru que havia surgido tal crise. Mas o
profissional contestou:
-
Em Marília também… e ví na televisão. (?!)
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“Câmara
premiou os “melhores da imprensa 75”. Pena que a imprensa não possa premiar os
piores da Câmara em 76. O eleitorado já cuidou disso”.
Trecho,
acima do JC de ontem. Gostei.
Sobre
o assunto, oportunamente falarei. Estou “por dentro” e a cavaleiro da situação.
Eu fui o pai da criança. Mas surgiram outros padrastos na minha ausência.
Bagunçaram uma coisa séria. Deixaram o vaidosismo falar alto e acabaram por
prostituir um assunto diano e bem-intencionado. A ponto dos prêmios terem
perdido todo seu lustre de velorosidade.
Depois
eu conto. (E provo).
Tchau,
belos!
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Leite,
segundo consta, deveria conter em seus envolucros plásticos, a data do uso.
Primeiro,
sim.
Depois,
mais elásticos, com validade “para até tal dia”.
De
quando em sempre, saquinhos sem data e sem validade “para até tal dia”.
Sei
lá se é…
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