O que pensam os outros (22 de dezembro de 1973)
Do lusitano-mariliense, sr.
José Mateus Carlos, um dos timoneiros do comércio de Marília, acabo de receber
a seguinte missiva:
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“Acompanhando as suas
crônicas a favor da construção do Palácio da Justiça, na Praça Maria Izabel,
quero vir à sua presença, para comunicar-lhe, que tem de minha parte, todo o
apôio.
“Quero que fique bem
esclarecido, de que tenho feito parte, do “pequeno grupo de comerciantes” da
Rua 9 de Julho, que não concordou com a construção do Viaduto, de forma alguma
faço parte dos que possam estar contra a localização do Palácio da Justiça na
praça Maria Isabel.
“Hiopoteco ao senhor, toda
minha solidariedade, para que continue com suas crônicas, sempre voltadas para
o progresso desta nossa querida Marília.”
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Um representante comercial,
antigo mariliense, domicilizado na Rua 9 de Julho, pede-me:
- Zé, você é um lutador
permanente pelas coisas da cidade. Estou acompanhando sua campanha pró
candidato único e concordo com você, pois só assim teremos a chance de acabar
com nossa orfandade na Assembléia. Peça ao Pedro Sola, para indicar e apoiar
Armando Biava, um mariliense legítimo e estimado, com condições indiscutíveis
para ser nosso deputado.
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Um outro mariliense, com mais
de 40 anos de residência entre nós, morador da Rua 15 de Novembro, comentou
espontaneamente sobre a referida série de meus escritos. E sugeriu:
- Temos um jovem, dinâmico,
que foi verdadeira revelação da política local. Ele tem condições de ser nosso
deputado. É só a Arena assim pensar e querer. Seu nome é uma bandeira de exemplos
e trabalho: chama-se Walter Rino.
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Um político de expressão na
cidade, comentando ontem pela manhã, o decorrer da sessão da Câmara da última
quinta-feira:
- O Abdo apresentou requerimento,
sobre fumaça das chaminés da Antarctica. O Nasib foi à tribuna. Falou de
trânsito, do Dr. Marins, da Fepasa, da Anderson Clayton, de terrenos, falou de
tudo menos do conteúdo do requerimento. Depois essa turma acha ruim, quando a
outra turma, a de fóra, afirma que muitos só fazem palhaçadas.
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Não vou pormenorizar, mas
dizer superficialmente, que a Antarctica está planejando um “negócio”, que vai
engrandecer Marília, como nenhuma outra empresa fez até agora. Muita gente vai
orgulhar-se de Marília e da Antarctica, em breve.
Se o autor do requerimento pudesse
imaginar os serviços e benefícios que disso advirão para Marília, teria “metido
a viola no saco”.
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Observou-me um comerciante da
cidade, com respeito a última sessão camarária:
- O Homero, de uns tempos
para cá, sempre na Hora do Expediente, quando está na mesa da Câmara,
aprimorou-se em fazer “gracinhas” com o microfone aberto. Solta piadinhas sem
sal, contribuindo para a “avacalhação” dos trabalhos. Será que ninguém disse
isso ainda a ele, que tem o ideal de substituir a Pedro Sola?
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Já se contam pelo menos três
nomes, dispostos a concorrer as eleições de 76, para a Prefeitura Municipal:
Domingos Alcalde, Luiz Homero
Zaninoto e Remo Castelli.
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Sem necessidade para muitos,
mas carecido para alguns, mais este esclarecimento:
Quem sugeriu estudos para a
construção do Palácio da Justiça na Praça Maria Isabel, fui eu.
Não falei em destruição da
praça, de suas árvores, de suas vegetações e de suas flores.
Os que afirmam em contrário,
estão fomentando confusão.
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