Coisas estas (20 de dezembro de 1973)
A precipitação é sempre
inconsequente.
É o fruto do distanciamento
da análise e do conheciments dos fatos.
Tem gente, combatendo a
“destruição” do jardim da Praça Maria Isabel.
--:--
Essa gente viu “burro
branco”.
Ninguém, que eu saiba, pensou
em “destruir” ou “acabar” com o referido próprio da municipalidade.
--:--
A sugestão de utilizar uma
parte da grande e bonita praça, para dotar Marília de um grande melhoramento,
como é o necessário Palácio da Justiça, sem desmantelar a sua totalidade, não é
nem tentativa de “acabar” ou “destruir”.
--:--
Tem gente, combatendo uma
idéia fantasma, que essa própria gente criou de modo azoinado.
Inverteram, perverteram,
subverteram, criando, imaginando, intentando, gerando uma utopia, pintando um
quadro inexistente.
Bah!
--:--
Preconizei, à guisa de
subsídio de colaboração, a utilização de uma parte do jardim, para edificação do
Palácio da Justiça.
Na ocasião, frizei bem, que o
jardim, embora pouco diminuido em sua grande área, seria conservado. Que, ao
enves de representar apenas uma praça deserta de marilienses, se constituiria
num ornamento inimitável de um prédio público, à altura do progresso
mariliense.
--:--
A idéia, por quem capaz é de
analisá-la, foi considerada excelente. Juizes, promotores de Justiça e
cartorários, assim pensaram.
--:--
Acatável e digna de estudos,
entendeu-a o senhor prefeito. Viável, acharam-na alguns vereadores.
Representará uma economia
para o erário público. Significará mais um embelezamento da parte baixa da
cidade, uma maior valorização da própria praça. Um jogo arquitetônico moderno,
a emoldurar a beleza da majestosa Catedral de São Bento.
--:--
Ninguém falou em “destruir”,
em “acabar” com o jardim e nem “estinguir” a vegetação, as árvores e as flores.
Nem a fonte sonoro-luminosa.
Nem os sanitários fedorentos
da praça.
Nem siquer falou-se no
alijamento de marginais e mulheres de vida irregular que frequentam aquele
próprio.
--:--
Os que combatem a “idéia
fantasma” por eles próprios criada, além de inverterem os fatos, destorcerem a
verdade, pretenderam atribuir-me uma idéia que jamais partir de mim.
O que se fala pelos
microfones, o que se diz à boca pequena nas ruas, nos bares, nos clubes, na
sociedade e nos campos de futebol, o vento leva, o tempo apaga.
O que se escreve em letra de
forma e se publica por um jornal sério, o tempo não destrói.
Para quem quizer, as coleções
do CORREIO DE MARILIA ficam à disposição, a fim de que constatem, que eu, autor
da idéia, JAMAIS pensei, pretendi, preconizei, defendi ou sugeri que se
“destruisse” ou se “acabasse” com a praça, com suas árvores, com suas flores e
vegetações.
--:--
Os que lutam contra a
intenção de auxiliar o progresso mariliense, sob um falso pretexto de atribuir
mentiras a qem não as assacou, formando uma trincheira de embuster que eles
mesmo forjaram, por certo e plausivelmente, estariam a aumentar o número dos
maus marilienses aquele número que desprestigiou o ex-prefeito Tatá, que mandou
às favas um favor Governamental, que lutou contra o Viaduto e consequentemente
contra o porvir e o progresso da cidade!
Comentários