Coisa útil, sempre imprestável (12 de dezembro de 1973)
Certa feita, a então
Diretoria Estadual de Transito (hoje Detran), enviou para Marília, um semáforo.
Foi o primeiro da cidade. Foi instalado no centro da Avenida, na confluência da
Rua 9 de Julho.
Antigo, obsoleto,
ultrapassado e completamente “podre”.
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Mais tarde, os marilienses
Osmar (eletricista da Prefeitura) e Graciano (então Guarda-Civil), com poucos
recursos, sem verbas competentes mas com muita vontade, “fabricaram” os
primeiros semáforos da cidade.
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Técnicos do Detran estiveram
em Marília. Estudaram e projetaram uma sinalização moderna e uma metamorfose do
transito urbano mariliense.
Tudo ficou no tinteiro.
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No tempo do Tatá, instalaram
um semáforo na Av. Saudade, final da Av. Rio Branco. Antes do funcionamento
inicial, um carro deu uma “cacetada” no mesmo, inutilizando-o completamente.
Isso aí, “era uma vez…”.
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O “Correio” clamou muito no
passado, pela instalação de dois semáforos na Rua Paraná: no cruzamento da
Avenida Sampaio Vidal e outro na confluência da Avenida Pedro de Toledo.
Foram instalados e aos mesmos
pode-se creditar o evitamento de muitos acidentes.
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Hoje o da Paraná-Pedro de
Toledo não funciona. Um veículo deu-lhe uma “cacetada”, destruindo o poste
esquinado que o sustentava. E ficou por isso mesmo.
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O da Avenida Paraná, nas
manhãs de domingo, é “amarelado” por ocasião do funcionamento da feira. Quando
a feira termina e o transito volta a ser liberado, esquecem-se as autoridades
de trânsito fazê-lo retornar ao funcionamento normal. E o “danado fica
amarelo”, até a madrugada da segunda-feira, de maneira inesplícavel.
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Na Avenida Rio Branco com a
Santo Antonio, o semáforo sofre permanentemente de impaludismo: está sempre
“amarelo”. Dai resulta a confusão. Mororista que segue, que cruza ou que
pretende entrar ou sair da Sto. Antonio, fica em dúvida. E os outros, também.
Uma indecisão, quando os motoristas são responsaveis ou delicados, um
permitindo que o outro passe, mas quando são irresponsáveis, colocam em perigo
a vida dos semelhantes.
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O da Nelson Spielman-9 de
Julho, enguiça mais do que “Ramona/28”. É um eterno “cansado”: trabalha um dia
e “descansa” uma semana.
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O da Carlos Gomes-9 de Julho,
embora menos “cansado” do que o seu congênere, também em questão de
funcionamento efetivo, não passa de uma “porcaria”.
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Semáforo é um apetrecho
norteador, orientador, regulador e disciplinador do trânsito. Especialmente em
Marília, onde muitos motoristas “bicões” confundem mais ainda o movimentado
trânsito citadino.
Por essa razão, os semáforos
devem funcionar à contento.
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Baurú é uma cidade bem
sinalizada nesse particular.
Até Garça e Assis, cidades
menores.
Em Garça, os semáforos não
são “amarelos” por volta das 23 horas, como aqui acontece. Lá eles funcionam
diuturnamente. O mesmo em Baurú, em Assis, em todas as cidades.
Menos em Marilia.
Será que as outras cidades
estão erradas e Marília é a única que está certa?
Extraído do Correio de Marília de 12 de dezembro
de 1973
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