Liderança política, a falta (7 de novembro de 1973)
Praticamente oito anos, é o
lapso-tempo, em que Marília encontra-se órfã, no cenário político-legislativo
do Estado.
Completamente desamparada e
sem voz no Palácio 9 de Julho, Marília é uma cidade destituída de liderança
política.
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Os quatro anos da
administração municipal passada, provaram, à sociedade, essa orfandade
representativa e essa ausência de liderança política. Os poucos meses da atual
fase administrativa do município, ratificam o atual estado de coisas.
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Difícil não é, saber-se quem (são) os culpados disso tudo.
A duas classes, pode-se atribuir
a responsabilidade dessa nossa falta de liderança política: de um lado, aos
próprios partidos, indicando, apoiando e pretendendo a eleição de mais de um
candidato. De outro, ao grosso do eleitorado local, que facilita a distribuição
inequânime de sufrágios e abre as comportas, consignando preciosos votos para
candidatos alienígenas.
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A morosidade dos trabalhos
operacionais do Governo, para a implantação total da séde da Região
Administrativa, não teria, por certo, o corpo atual, se Marília tivesse o “seu”
deputado próprio.
A repercussão negativa, que
atingiu todos os quadrantes do Brasil, quando das denúncias infundadas e
precipitadas de Ruy Codo na Assembléia, não teria ocorrido, se na Assembléia
estivesse um lídimo representante mariliense.
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Os prefeitos do pretérito e o
atual, teriam mais tranquilidade administrativa, se tivessem contado com um
deputado mariliense, ativo, operoso, amante de Marília. Um deputado que fosse o
advogado legítimo dos marilienses, junto às Secretarias de Estado, Autarquias
estaduais e paraestatais e o próprio Palácio do Governo. Um representante de
Marília e um dos prefeitos marilienses.
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Restou-nos, a contingência de
pedir, de contar com favores alheios, como até aqui tem acontecido. E como
aconteceu ao antigo prefeito, que teve várias vêzes, que recorrer a um
Franciscato ou a um Agnaldo.
Inclusive para conseguir a
construção asfáltica da rodovia que demanda ao nosso aeroporto.
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E, parece, vai continuar
repetindo-se a história.
Cogita-se do lançamento de
mais de um candidato ao Palácio Nove de Julho. Com mais de um cidadão
disputando o pleito e com os votos “certinhos” que muitos marilienses darão à
candidatos de fora, Marília vai continuar a chupar o dedo, porque, nessa
hipótese, não conseguirá centralizar, um mínimo de 25.000 votos, em torno de um
só nome.
A orfandade política de
Marília, no Palácio 9 de Julho, continuará perpetuada.
A liderança política da
cidade, continuará ausente.
Isto será inevitável.
Oxalá esteja eu equivocado.
Oxalá.
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