Fagulhas de fatos (6 de novembro de 1973)



Homens trajando bermudas, como se estivessem na praia. Rapazes, metidos a engraçadinhos, dirigindo gracejos às moças e “topando” o revide de um familiar da mesma. Jovens empoleirados abusivamente sobre muros públicos. Crianças fazendo algazarras e promovendo correrias desenfreadas entre uma multidão. Gente discutindo negócios. Gente “serrando” cigarros. Vi isso, Dia de Finados, no Cemitério Municipal.

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Trânsito do Dia de Finados, muito bem controlado e muito bem dirigido, com várias dezenas de PMs executando serviço de orientação dos motoristas e pedestres.

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Crianças num bar do Estádio, domingo, embriagadas. De posse de copos de papel, pediam “um pouquinho” aos torcedores e bebiam e palestravam, quando do jogo do MAC x São Bento. Desavisadamente, um dava “um pouquinho” aqui, outro, inadvertidamente, “um pouquinho” alí. E alguns menores, estavam, sem o saber, completamente de “fogo”.

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Correrias infernais, de veículos, na noite de sábado último. Rapazes e moças, brincando com o perigo, executando peripécias e uma barulheira dos diabos, ignorando o exagero cometido e os riscos de vida à que se expunham, expondo também a terceiros.

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Diferença incrível de preços, no mercado comum mariliense. O que custa X num determinado local, custa invariavelmente Y em outro.

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Nada custa, à quem dirige um veiculo, ligar a seta de sinal de direção, ou, no mínimo, dar o sinal com a mão, conforme é norma e preceito vigente do próprio Código de Trânsito.

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Em motorista falando, tantos existem por aqui em Marília, que ainda não se aperceberam, que curva à esquerda se faz “aberta” e curva à direita deve ser “fechada”.

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Por óbra e graça de Deus, nenhum acidente grave, com vítimas a lamentar, aconteceu ainda, na “esquina dos milagres”, confluência da 9 de Julho com a Vicente Ferreira.

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Domingo, no Estádio, opiniões divididas contra a diretoria maqueana, face à dispensa de um e à contratação de outro preparador técnico. Desentendimentos surgiram, “ensaios” de briga corpo a corpo, tendo alguém “vomitado”, de que até questões políticas haviam envolvido o atual estado de coisas no panorama esportivo!

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Continua a cabalação de votos na cidade, visando a beneficiar gentes de fora, cidadãos que nunca moveram siquer uma pena em pról de Marília e sua gente.

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Muito bom, conjuntivamente falando, o elenco amador do Marília Atlético Clube. Não somente pela goleada imposta ao Chantebled, domingo passado. Sim, pelo valor individual e coletivo da equipe. Ali está uma “sementeira” para alguns dos futuros craques do time principal. Podem acreditar.

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Pedintes, continuar a infestar as ruas da cidade, a adentrar estabelecimentos comerciais e bancários e assediar transeuntes. E a pedir nas portas das residências, de maneira insistente e até abusiva.

Nem todos são mendigos, na extensão do têrmo. Muitos são vadios e a maioria são “marrudos” e pinguços.

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Sinalização do trânsito urbano da cidade, deixando muito a desejar. Placas avariadas, semáforos quase sempre defeituosos, etc..

Extraído do Correio de Marília de 6 de novembro de 1973

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