To be or not To be (12 de outubro de 1973)



Eis a questão.

Ou elegeremos um deputado de Marília, por Marília e para Marília, ou não elegeremos nenhum, mas contribuiremos para a eleição de “piranhas”.

E tudo ficará como estava.

E Marília continuará órfã na Assembleia Legislativa. Órfã e desamparada, como até aqui está e permanece.

Numa comprovada prova de desamor à terra.

“Alea jacta este” – a sorte está lançada.

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Caso as forças políticas e os candidatos locais, decidam que Marília concorrerá com mais de um candidato, desprezando a fórmula de candidato único, dificilmente conseguirá eleger seu lidimo representante.

Não vai ser fácil, centralizar 25.000 votos para um só dos nomes, entre o mais de um prognosticamente cogitados.

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Esse problema é nosso, mariliense.

Ele não atinge os “piranhas”, os candidatos alienígenas, porque estes, por mais bobos que sejam, jamais esperariam contar, todos eles e cada um de per si, com tal cifra de votos.

Eles, os forasteiros, pretendem levar o que puderem, pura e simplesmente.

Tudo ajudará. 100, 200, 500, ou 1.000 votos.

O que não será o caso nosso, mariliense, que precisamos reunir e garantir um mínimo de 25 mil votos para termos a esperança de eleger “nosso” deputado.

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Já temos marilienses, que foram contratados para “cabos eleitorais” de candidatos de fora.

Os dois, antigos da cidade, fizeram-se presentes em comícios políticos do pleito que elegeu o prefeito. Um, como candidato a vereador e óra eleito. Outro, como “apoiador” da candidatura Biava.

Oportunamente falarei o nome desses dois marilienses, que já firmaram “convênio” com candidatos alienígenas, que nunca fizeram nada ou mesmo moveram uma palha em favor de Marília.

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E não é esta a primeira vez.

Essas duas pessoas, como muitas outras, são “tradicionais” em trabalhar para gente de fora.

Deve existir interesse vantajoso no caso, pois senão os mesmos não se colocariam diretamente contra os interesses de Marília!

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Em tempo hábil, vou dizer o nome desses dois marilienses, por sinal, antigos entre nós. Mas que sempre trabalharam para gente de fora. Um, desde o primeiro pleito para deputado, após o período de redemocratização do país. E desde esse tempo, como o “pai da criança” que movimentou pela vez primeira a campanha pró eleição de gente de Marília, estou sempre “no lance” dessas gentes.

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Causa espécie.

Mas os dois “cabos eleitorais”, não irão ficar vermelhos (porque nunca ficaram) e irão procurar talvez até você, leitor, pedindo-lhe votos para Pedro e para Paulo, de outras paragens.

Fique atento, observe.

Sei muito bem o que estou dizendo, aliás, escrevendo.

Já constatei isso em pleitos passados e já tenho a confirmação do presente. Inclusive para as próximas eleições.

Os referidos marilienses são o mesmo que o chupim, que bota o ovo no ninho do tico-tico, para não ter trabalho algum.

Extraído do Correio de Marília de 12 de outubro de 1973

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