Solução é candidato único (26 de setembro de 1973)


Já disseram:

Errar é humano; persistir no erro, é burrice.

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Marília errou várias vezes.

Será que vai persistir?

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Vai em breve, acontecer o espetáculo do pleito eleitoral, ocasião em que deverão ser eleitos os deputados estaduais.

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Muitos dos deputados atualmente eleitos e em exercício, já estão envergando as fatiotas do engodo, metendo o nariz nas politicas municipais, com o fim de conseguir votos, para garantir suas permanências, nas poltronas de couro vermelho do Palácio 9 de Julho.

São os falsos messias, os falsos salvadores da Pátria.

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Esses alienígenas, que jamais moveram uma palha em pról dos interêsses de Marília e dos marilienses, sempre conseguiram, mercê da apatia de certa parte de nosso eleitorado, carrear daqui, vários milhares de preciosos votos da cidade.

Constate-se isso, nos mapas oficiais dos pleitos, existentes no Cartório Eleitoral local.

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Como se isso não bastara, estamos correndo o risco de ajudar Marília a continuar órfã na Assembléia Legislativa.

Comenta-se a viabilidade e o interêsse de Marília partir para as próximas eleições, com mais de um candidato.

Vai ser persistência. Ou a burrice.

Com muita gente caçando votos, nenhum dos candidatos vai ser eleito.

A dispersão tomará mais vulto e positividade.

E a cidade ficará chupando o dedo, sem um legitimo representante no Palácio 9 de Julho.

Podem escrever isso.

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Aqui está uma boa ocasião, para que nossos políticos e pretensos políticos, dêem uma prova de amor à terra.

Renunciando à vaidades pessoais, ao empavonamento, aos interesses próprios, para unir forças indicando e apoiando um só candidato mariliense.

E para instruir o povo, para que este todo, cerre fileiras em torno do nome que vier a ser indicado e homologado.

Só assim teremos a chance de eleger um deputado de Marília.

Não sendo assim, vai chover no molhado.

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Há vários nomes em cogitação, em evidência e em oferecimento. Um mau sinal. Uma perspectiva sombria. Uma quase certeza da repetição dos fatos pretéritos. Uma quase comprovada sequência de nossa própria burrice.

Se Marília não concorrer com um candidato único, acercado qual os marilienses se concentrem e no mesmo votem, tudo vai ficar como está, porque ninguém impedirá a dispersão de votos, a “demão” para auxiliar outros a se elegerem e a responsabilidade direta sobre nossos próprios ombros, de contribuirmos sensata e conscientemente para que Marília continue esquecida na Assembléia.

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Seja o Pedro, ou seja o Paulo, mas que seja de Marília, que seja nosso, que seja uma espécie de Rei Momo – I e único.

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E que os eleitores que, por razão óbvias, não gostem desse Pedro ou desse Paulo, consigam separar o joio do trigo – a antipatia pessoal – para pensar antes e acima de tudo, nos interesses de Marília.

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Com um deputado nosso, teremos o direito de exigir, sem pedir, trabalho e ações em pról de nossa cidade e de nossa gente.

Sem um deputado nosso, ou iremos mendigar aos de fora, ou continuaremos dentro desse atual clima de ausência de nossa representação no Parlamento Estadual.
 
Extraído do Correio de Marília de 26 de setembro de 1973

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