O negócio é assim mesmo (14 de setembro de 1973)
Bar do Ascelino, ali na
Avenida.
Gente tomando seu cafezinho e
batendo papo, numa parte do balcão.
Na outra parte, gente outra,
tomando seus aperitivos.
Cervejas, “caipirinhas” e
caninhas, nos cópos, à disposição dos fregueses que solicitaram.
Enquanto um freguês acende
seu cigarro, uma mão atrevida surgiu por traz do mesmo, agarrou sorrateiramente
o copo de pinga, bebeu-o de um só trago e saiu imediatamente.
Quase não deu tempo do “dono”
perceber.
Era outro desses ditos
“mendigos”.
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Defronte a Brasseria:
Muita gente parada,
transitando, entrando e saindo do estabelecimento.
Duas pessoas encontram-se
ali. E param, conversando, após o cumprimento.
Uma delas, meteu a mão no
bolso, sacando uma carteira de cigarros. Na mesma hora, surgiu uma mão
atrevida, agarrou inesperada e surpreendentemente um cigarro do maço,
dependurou-o entre os lábios e saiu tranquilamente, deixando boquiaberto o
cidadão.
Era outro desses ditos
“mendigos”.
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Restaurante Gologna, também
na Avenida.
Uma só porta de entrada e um
biombo, vedando a vista do interior do estabelecimento aos que estão fora e
impedindo os que estão dentro, de ver o movimento na rua.
Fregueses e familiares
almoçando.
Entre um cara, forte, sem
apresentar qualquer defeito físico.
Faz que vai em direção ao
balcão, nos fundos do estabelecimento. Mas ao passar junto à mesa, agarrou
rapidamente um copo de cerveja que o freguês havia pedido, emborcou-o na
garganta adentro e saiu imediatamente.
Outro dos considerados
“mendigos”.
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Uma residência:
Um moreno forte, duns trinta
anos, abriu o portão de entrada, ganhou e ultrapassou a área, empurrou a porta
de frente que estava entreaberta, assustando os moradores.
O dono da casa foi ao
encontro e já alertado pela onda dessas invasões atrevidas, disse que nada
tinha para dar e pediu que o mesmo se retirasse.
O cara não arredava o pé,
insistindo e ameaçando entrar no domicilio.
O homem correu no quarto,
apanhou um revolver e intimidou o malando a sair, sob a alegação de que
telefonaria à polícia. O “mendigo” dispôs-se a enfrentar o homem e este viu-se
obrigado a dar-lhe um safanão e sob a ameaça da arma, conseguiu escorraça-lo.
O cara saiu xingando e
ameaçando e proferindo os mais “cabeludos” palavrões.
Outro “mendigo”, também.
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Outra residência. Na Vila
Fragata. De familiares de um sargento da Polícia Militar.
A dona da casa, havendo
negado dinheiro ao “mendigo”, precisou fechar a porta, ouvindo as mais
abomináveis barbaridades e palavrões do atrevido, que permaneceu ali por muitos
minutos, ameaçando arrombar a porta e atemorizando toda a vizinhança.
Mais outro “mendigo”.
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Num bar:
O cara chegou e pediu
dinheiro, alegando que estava com fome. Um cidadão pediu à garçonete, que
fizesse um sanduiche reforçado. Foi feito. O cidadão entregou-o ao pedinte,
para que comesse, conjurando a fome.
O cara olhou bem para o
sanduiche (presunto e queijo), dizendo:
Eu num vô comê essa porcaria.
E com o rastelar da mão sobre
o balcão, atirou o alimento no chão, saindo em seguida, dizendo os mais
pornográficos palavrões.
Outro, desses que estão
condoidamente chamado de “mendigos”.
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