Futeból e política (22 de setembro de 1973)
Quinta feira à noite, ao
adentrar o Estádio Municipal, senti, como todos os marilienses, aquela alegria
do torcedor comum, vendo o próprio da municipalidade lotado de gente feliz,
aguardando com ansiedade, o inicio da partida que o MAC travaria frente ao
Noroeste de Bauru.
Asseverei então, que ali
havia ido, para assistir três gols do MAC: um de Peixe, um de Helinho e outro
de Sérgio. Dentre outros, a afirmativa fôra ouvida pelo Zé Nelson da Dirceu,
pelo Fittipaldi do MAC e pelo João do Estacionamento Maranhão.
Acertei o resultado. Acertei
os marcadores. Também acertei a ordem cronológica e individual da marcação dos
tentos.
Em compensação, na loteca,
quando acerto muito consigo fazer cinco ou seis pontos.
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A propósito do futebol, aqui
está a oportunidade de para o encaixe de uma antiga, porém deliciosa piadinha.
Aquela do cidadão que pesava
200 quilos e tinha dois metros e vinte de altura e que, quando morreu o caixão
era tão grane e tão pesado, que foi preciso duas viagens para levá-lo ao
cemitério.
Quase o mesmo irá acontecer
amanhã, quando o MAC jogar contra a Ponte Preta de Campinas. Considerando que
na noite de ante-ontem o Estádio ficou totalmente lotado, é de prever-se que o
“Bento de Abreu” não comportará a torcida toda que ali comparecerá.
Então, o negócio vai ser mais
ou menos como o caso da piada. Se no outro, foram preciso fazer duas viagens
para levar o “defunto grande” ao cemitério, é certo de que amanhã, como a
torcida vai ser muito grande e não “caber” dentro do Estádio, o MAC vai ter que
realizar o jogo em duas vezes, para que uma parte da torcida veja uma vez e
para que a outra parte também possa assistir o encontro.
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Mudando:
Do combativo e atuante
vereador Ruy Avallone Garrido, recebo a seguinte correspondência:
“Quero referir-me nesta
oportunidade, ao seu artigo “Estão brincando com fogo”.
“Ele retrata, exatamente, o
nosso pensamento contido em nosso requerimento registrado na secretaria da
Câmara.
Foi muito feliz o ilustre
jornalista, que, como partícula do povo, sente como nós, um resfriamento,
resfriamento esse, que parte do fundo do nosso Eu, como querendo destruir aquela
esperança magnifica que nos aquecia e nos impulsionava em demanda de dias
melhores.
“Esse resfriamento deve e
precisa ser contido, partindo das forças poderosas da Revolução de 31 de março
de 1964, que, de imediato, devem impulsionar a alavanca do respeito e
cumprimento as nossas leis e Atos Institucionais.”
Foi o cumprimento e o
estímulo do Líder de Arena, que, como representante e como célula do próprio
povo, sente também, nas próprias carnes, o problema por mim focalizado no
escrito referido.
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Voltando ao futebol:
O time está bom. O MAC está
correndo objetivamente. O “onze” está jogando como deve: para o clube.
A raça está imperando. É a
correria da força de uma juventude de excelente estado físico. Isso é bom. E dá
bons resultados. O amor à camisa está patente.
O MAC deve continuar assim.
A torcida está alegre.
Que nenhum jogador use
“mascara” ou convencimento, que o negócio vai mesmo p’ra frente.
A previsão é muito boa: os
portões do “Paulistão”.
Isto quer dizer, Santos,
Corintians, Portuguesa, Palmeiras, São Paulo e outros grandes times aqui.
Falei.
Extraído do Correio de Marília de 22 de setembro de 1973
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