Candidato único, única solução (28 de setembro de 1973)


A série de escritos que venho diariamente publicando, sobre a necessidade bem mariliense, de elegermos um deputado estadual, com alicerce fundamental do lançamento de um candidato único de nossa cidade, está causando repercussão.

Há, como não poderia deixar de ser, duas correntes a respeito da semente lançada – por sinal, por mim, desde o ido ano de 1947.

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Que meditem os políticos de bom senso.

Que se pense em termos de Marília, unicamente.

Que se não repitam os erros do passado, onde o volume de candidatos atrapalhou tudo, fomentou a maior dispersão de votos, facilitando diretamente e muito contribuindo, para a eleição de candidatos alienígenas.

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A cabeça foi feita para pensar e não para separar as orelhas, como até aqui parece ter acontecido, no tocante às eleições para deputados estaduais e federais.

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É chegado o tempo de pensar em Marília, antes de ser agradável aos políticos, agasalhando várias candidaturas, que irão fatalmente reverter em detrimento dos interesses marilienses, que são mais altos e se antepõem e sobrepõem, às pretensões pessoais e individuais.

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Agnaldo, Solon, Pinheiro, Abraim, Jamil e muitos outros de fora, daqui levarão votos marilienses, como sempre tem acontecido.

Se os marilienses dividirem seus votos, para esses e muitos outros alienígenas e distribuírem bondosamente os demais sufrágios, dentre o ról dos candidatos locais, estaremos repetindo os erros do passado.

Errar é humano, mas persistir no erro, burrice é.

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A indicação de um candidato único de Marília, não representará um méro paliativo, mas sim uma medicação necessária, urgente e indispensável.

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Mas não é só isso.

O próprio povo, deve reconhecer nesse candidato único, a pessoa que defenderá Marília e seus interesses, na Assembléia Legislativa. E, portanto, cerrar fileiras em torno desse nome.

Marília deve ficar acima de paixões pessoais, de apatias ou de antipatias.

Vamos eleger o que seja nosso, legitimamente nosso.

Ao deputado que elegermos, teremos o direito de exigir trabalho e realizações, porque ele será “empregado do povo” no Palácio 9 de Julho.

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Suponhamos que um eleitor não goste de Fulano, pessoa que foi indicada como candidato único de nossa cidade.

Esse eleitor, mesmo não apreciando Fulano, deve convir, que Fulano é de Marília e portanto, nos será mais útil, do que Beltrano, que é de fora.

Então, o correto, o certo, o lógico, o bem mariliense, é votar em Fulano, porque é “nosso” candidato.

Errado será votar no Beltrano (de fora), só porque não se simpatiza com Fulano (daqui).

Pense-se nisso.

Pensando-se nisso, estará pensando-se em Maríl1ia.

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Continuo repetindo, desejando que esteja equivocado em tudo o que tenho escrito. Continuo afirmando, que se lançarmos mais de um candidato à deputado estadual, não iremos eleger nenhum.

Oxalá esteja equivocado.

Oxalá.

Extraído do Correio de Marília de 28 de setembro de 1973

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