Nosso candidato à deputado (4 de julho de 1973)
Sinto-me à vontade e à
cavaleiro, todas as vezes que falo sobre a irretorquível necessidade, de
elegermos nossos deputados próprios, especialmente no âmbito estadual.
Modéstia de lado, coube à
mim, a felicidade de ter levantado pela primeira vez em Marília, a bandeira pró
eleição de um candidato local.
Isso, foi no ano de 1946 e só
depois do jornal, é que a própria Câmara e nossas forças políticas,
aferraram-se no mesmo terreno.
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Os mais antigos marilienses e
as coleções do “Correio”, são o testemunho dessa afirmativa.
Por ocasiões que precederam todos
os pleitos eleitorais, a partir do chamado período de redemocratização do país,
após a promulgação da Constituição Federal de setembro de 46, tendo participado
ativa e efetivamente dessa análoga luta.
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Quando das últimas eleições
para a deputação federal e estadual, tive a oportunidade de afirmar, ao Dr.
Doreto Campanari, em seu comitê eleitoral da Rua 9 de Julho, que ele não seria
eleito deputado. E expliquei o porque desse meu modo de pensar: legenda.
Asseverei-lhe mais, que se a
sua inscrição como candidato, ocorresse pela Arena, que ele “estouraria” em
Marília e obteria um coeficiente de votação, verdadeiramente surpreendente, em
outros da região.
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Dias antes, dissera eu ao Dr.
Aniz Badra, aqui na redação, de que se surgisse a “dobradinha” Badra-Doretto,
pela Arena, Marília elegeria Badra deputado federal e Doretto deputado
estadual.
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Passado o pleito último,
verificamos a não eleição nem de Badra e nem de Doretto, fato que corroborou
aquilo que havia eu prognosticado.
Dias após conhecidos os
resultados das referidas eleições topei com Doretto na Avenida. Cutuquei o
mesmo assunto. O oftalmologista, não “se abriu” para afirmar que eu estava
certo, mas deixou-me em condições de perceber, que ele aceitava o resultado e
que de certa forma concordava com aquilo que eu antes afirmara.
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Tempos após, novamente
palestrando com o simpático médico, assegurei-lhe:
- Doutor, o senhor não se
elegeu deputado, porque não quis e sabe a razão. Ainda há tempo e para as
próximas eleições, saia pela Arena que terá vitória garantida.
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Dia destes, Pedrão, o
prefeito, pintou aqui na redação, como sempre faz.
O repórter Luiz Carlos (Lopes), assim que viu Pedro Sola, lançou a rêde, para
saber a posição do prefeito, em relação à próxima campanha pró eleição de um
deputado mariliense. O prefeito disse que por enquanto só havia realizado
algumas sondagens, mas sem um ponto de vista definido.
Aí, entrei na conversa.
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Disse ao prefeito Pedro Sola:
- Eu sei a formula de eleger
um deputado estadual. E garanto a eleição desse elemento.
O prefeito olhou-me como a
indagar e continuar a afirmativa. O mesmo ocorreu com o jornalista Luiz Carlos.
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Afirmei, então:
É fácil, facílimo. Basta
“comprar o passe” de Doretto do MDB e lança-lo pela Arena. Macacos me lambam e
me mordam, se o querido médico mariliense não for eleito.
Extraído do Correio de Marília de 4 de julho de 1973
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