Batendo no mesmo prego (10 de julho de 1973)
Nada aqui, de dar uma no
prego e outra na ferradura.
Vou continuar a bater no
mesmo prego, por saber muito bem, que pão é pão e queijo é queijo.
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Jamais fui contra aquilo que
se chama oposição partidária, por entendê-la como necessária e apêndice, do
próprio regime de uma democracia.
De minha parte, nunca
classifiquei tal sistema, de “mal necessário”, como já fizeram outros.
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Quem não sabe distinguir um
carretel de linha de um elefante corre o risco de ir ao bazar comprar um
carretel de linha e se o bazarzeiro lhe deum elefante, acabará levando o
paquiderme para casa!
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Num quartel, o
sargento-de-dia viu e estranhou, um vaso com flores sobre a mesa do comandante.
Chamou o soldado de plantão da Casas das Ordens e esbravejou:
- Quem foi o burro que mandou
colocar aquelas flores ali?
O praça respondeu:
Foi o coronel, meu sargento.
E o sargento, saindo do
lance:
- Fica preso, por chamar o
coronel de burro!
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Quando a “chaufese” descuidou-se
do volante e acabou “entrando” na trazeira daquele “1.800”, jogou a culpa no
homem que dirigia o carro que estava à sua frente. Alegou que ele havia freado
repentinamente.
Mas o homem do carro
vitimado, esclareceu ao guarda de trânsito:
- Não é bem isso, seu
guarda... é que a madama, ao invés de usar o breque, usou só a busina...
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Um vereador, ocupando a
tribuna da Câmara Municipal, defendendo ardorosamente um ponto de vista que
nenhuma razão tinha de ser, saiu-se com esta:
- O que está “estragando” o
projeto de lei, é justamente o artigo que diz “revogam-se as disposições em
contrário”!
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Já pensaram, que coisa
esquisita, seria o caso de um distinto ir ao hospital para extirpar uma hérnia
e o médico extrair as amigdalas, deixando a hérnia “em paz”?
Ou o cara que chegou no
botequim e pediu um sanduiche de presunto. O bar-man disse que sentia, mas que
o pão havia acabado. O freguês pediu, então, um sanduiche de queijo. O homem do
balcão voltou a esclarecer, que não tinha pão. O outro pediu, então, um
sanduiche de mortadela. Nova resposta negativa, por falta de pão. E o distinto,
enfezado:
- Então me dá só pão, bolas!
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Claro que o distinto não
fazia o carro “pegar” depois de ter enchido o tanque.
O carro sempre fora movido a
gasolina, mas o “inteligente” homem do posto de serviço havia enchido o tanque
de óleo crú!
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Se meu amigo Doretto
Campanari, sair candidato a deputado pela situação, irei privar-me de um grande
oftalmologista, se um excelente vereador, do convívio de uma figura
personalíssima e estimada.
Mas restar-me-á o consolo, de
que nossa querida Marília passará a ter um legitimo advogado de suas causas e
interesses, no Palácio do Ibirapuera.
Um grande conforto.
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Parece-me, que isso não
acontecerá.
Doretto, segundo me consta,
sairá candidato pela oposição.
Sou obrigado a aceitar o
inevitável:
Doretto continuará em sua
clínica, em Marília, nas ruas da cidade, sentindo o calor de seus amigos
marilienses.
Extraído do Correio de Marília de 10 de julho de 1973
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