Ainda as máximas alheias (8 de dezembro de 1959)

Em nosso artigo de sábado, fizemos a transcrição de diversas máximas e pensamentos. Conforme dissemos, são de autoria do jornalista Fuco G. Gómez e foram extraídas do jornal “El Sol”, editado na cidade de Alajuela, Cuba.

Prometemos inserir mais alguns dêsses escritos filosóficos para que os nossos leitores possam apreciar as máximas e pensamentos alheios.

Vejamos:

“A humanidade lucraria muito mais, quando nenhuma malversão contra os poderes públicos ficasse impune.

As más manobras e os negócios escusos de todas as classes, deveriam estar previstos nas leis escritas e por estas condenados, sempre e quando o pêso destas se fizesse cair sôbre todos e por igual.

A mínima pena estabelecida nas leis, para o caluniador, deveria ser o impedimento perpétuo do individuo, para desempenhar negócios alheios ou para executar quaisquer outros cargos de grande responsabilidade.

Tanto para os que percebem soldos ou salários, como os que dispõem de outros meios de vida, devem apresentar o máximo interêsse coletivo, em procurar que se proporcione trabalho a todos os desocupados, desde que êstes desejem desempenhar alguma função útil, com bons propósitos.

Não sendo por imprescindível medida de economia, devem ser considerados ilícitos os desempregos de trabalhadores honrados e decorosos, que sempre souberam cumprir com suas obrigações e deveres.

Quando a sociedade e os governantes encontram-se igualmente animados nos mesmos propósitos das mais sãs intenções, nenhum esforço pessoal ou coletivo em pról do bem comum resulta baldio.

As mais raras e honrosas exceções, constituem-nas as pessoas de mente sã e alma pura.

Quem nunca obrou mal intencionadamente, nada tem a temer e nenhum motivo para envergonhar-se.

Sentir satisfação quando se dá a conhecer ou se divulga alguma coisa que a pessoa fez ou disse no passado, é o melhor sinal de que se possui a segurança de que sempre se soube conduzir e pensar com a melhor das intenções”.

Os parágrafos supras, bem como os que divulgamos sábado, não são novos – repetimos. A sua transcrição ocasionou-se face ao belo que encerram, dentro de um sentido de sábia observação, espírito objetivo e grande filosofia.

Grandes verdades encerram os mesmos, conforme constataram os leitores. Algumas, até algo pesadas, que denotam, mesmo de leve, um espírito com alguns resquícios de uma certa revolta. E, com certeza, alguns leitores já devem ter pensado o mesmo. É possível que tal fato seja concreto, pois o jornalista em aprêço é lá da “terrinha” de Fidel Castro. De nossa parte, vimos a questão apenas do lado jornalístico e apreciamos os pensamentos e as máximas, exclusivamente pela lado da arguicidade.

Extraído do Correio de Marília de 8 de dezembro de 1959

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