Mais um Posto de Abastecimento do SESI (12 de dezembro de 1958)

Na última reunião da Delegacia Regional do CIESP, por ocasião da indicação de nome para figurarem como membros da COMAP, veio à baila uma questão de sua importância para a classe industriaria mariliense: à idéia de empenhos junto ao Serviço Social da Indústria, no sentido de dotar Marília de mais um Pôsto de Abastecimento daquêle organismo.

Nossa cidade já conta com um dêsses estabelecimentos, que incontáveis préstimos e facilidades oferece aos contribuintes do IAPI. Ali, em virtude da isenção de determinadas taxas e impostos, gêneros de primeira necessidade são adquiridos pela grande e laboriosa classe, por preços inferiores aos do mercado normal. Significa isso, numa ocasião em que tantas queixas existem contra os IAPS, no que tange a falta de amparo condigno aos contribuintes interioranos, uma forma de retribuir pelo menos em parte direitos adquiridos.

Nossa cidade, embora não seja “velha”, não deixa de apresentar a condição de um grande centro. Suas dimensões são gigantescas e a “urbe” se espalha num apreciável raio de quilômetros quadrados de número superior a inúmeras outras importantes comunas interioranas. Uma única casa dêsse gênero, lógico é, não pode prestar serviços a todos os industriários, em virtude de sua localização que só pode servir de fato a uma parte da cidade. Nessas condições, urgente se faz a criação e instalação de outro Pôsto, localizado em ponto divergente e estratégico, de maneiras a oferecer facilidades aos demais industriários de Marília. O problema, portanto, é localizar duas (no mínimo) casas dêsse gênero, em pontos diferentes que atendam dentro do máximo possível, a classe que ali se beneficia por direito formal.

A idéia, conforme estamos vendo, é ótima e deve merecer as atenções de quem de direito. Igualmente, os empenhos da Delegacia do CIESP local e mesmo de nossa Câmara Municipal. Que se faça chegar ao conhecimento dos responsáveis pelo citado órgão, essa carência de Marília. E que no pedido, não conste apenas isso, como igualmente se reivindique para nossa cidade, especialmente para os industriários, um Ambulatório do IAPI, organismo que Marília reclama de há muito e que até agora não foi instalado, apesar do grande número de contribuintes locais ao citado Instituto e apesar ainda da necessidade imprescindível que tal fato apresenta entre nós, habitantes de uma cidade moderna, dinâmica e progressista.

Já dissemos, repetidas vezes, que as leis que criaram os diversos IAPS são, em seu verdadeiro espírito, coisa muito boa; entretanto, as suas execuções, sob diversos aspectos, desde o nascedouro estão deixando muito a desejar.

Como se tratam de assuntos que devem merecer melhor atenção de quem de direito, aqui fica nosso apêlo, que, esperamos, deverá ser secundado por aquêles que podem, se não interferir, pelo menos reivindicar êsses melhoramentos para a classe dos industriários locais.

Alguém nos ajudará?

Extraído do Correio de Marília de 12 de dezembro de 1958

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O jogo do bicho (26 de outubro de 1974)

O Climático Hotel (18 de janeiro de 1957)

“Sete Dedos”, o Evangelizador (8 de agosto de 1958)