Nossa Biblioteca Pública (10 de setembro de 1958)
A Biblioteca Pública “Tomaz Antônio Gonzaga” de nossa cidade, é sem dúvida um dos grandes marcos de nosso dinamismo. Sabido é que o grau de adiantamento dos povos mede-se com o metro do saber, saber haurido nos bancos escolares e perpetuado depois através de boas obras, de leituras especificas, de tratados diversos e especializados.
O saber também se adquire ou se aperfeiçoa por intermédio de leituras outras, das mais diversas e poliformes, que promovem a elasticidade da mente, predispõem curiosidade e conhecimentos variados, úteis sôbre todos os prismas, necessários sempre à própria vida, em uma ou outra circunstancia.
Nêsse particular, Marília está bem servida, embora no fichário da Biblioteca Pública ainda seja constatada a falta de muitos livros úteis e necessários à consultas, estudos ou mesmo recreação. Mas não há negar que a citada Casa apresenta muita coisa completa, principalmente em relação à outras congêneres, espalhadas em inúmeras outras cidades interioranas.
Recordamos que há algum tempo transato, fazíamos daquí desta coluna, um apêlo aos marilienses em geral e aos estudantes em especial, para que prestigiassem mais, com frequência maior e mais assídua, a nossa Biblioteca. Isto, em virtude de termos constatado, certa ocasião, que a frequência em relação às possibilidades de acomodação e às facilidades que apresenta o mencionado organismo público municipal, não eram das mais completas.
Passou-se já algum tempo. Ontem fomos abordar nosso amigo Mesquita, o poeta mariliense, diretor da Biblioteca e ficamos sabendo que tem aumentado bastante o número de frequentadores àquela Casa. No mês passado, por exemplo, 3.745 consulentes estiveram se servindo da Biblioteca, o que representa, durante 25 dias úteis de agôsto, u’a média diária de 139 pessoas. Índice bom, mas que poderá aumentar, pois existem meios e facilidades para tal.
2.365 volumes foram consultados durante o mês de agôsto, pelas citadas 3.475 pessoas que ali compareceram, assim compreendidos quanto às obras: assuntos gerais, inclusive leitura infantil, 1.516 volumes; filosofia, 89; religião, 3; ciências sociais, 247; filologia, 18; ciências puras, 107; ciências aplicadas, 55; belas artes, 23; literatura, 227; e história e geografia, 80.
Por línguas, assim ficou distribuído o movimento dos volumes consultados e acima referidos:
Português, 2.191; francês, 63; inglês, 69; espanhol, 35; latim, 5; italiano, 1; e alemão, 1.
Dispõe a Biblioteca Pública “Tomaz Antônio Gonzaga”, 5.842 volumes fechados e conta a mencionada Casa com uma Secção Circulante, na qual estão inscritos até agora, 193 candidatos.
A Biblioteca local é um monumento de cultura em nossa cidade. Deve continuar a ser prestigiada pelos marilienses, cujo prestigio representa tão sòmente o comparecimento e a utilização da mesma, que pertence, por natureza, como próprio municipal, ao povo em geral.
Extraído do Correio de Marília de 10 de setembro de 1958
O saber também se adquire ou se aperfeiçoa por intermédio de leituras outras, das mais diversas e poliformes, que promovem a elasticidade da mente, predispõem curiosidade e conhecimentos variados, úteis sôbre todos os prismas, necessários sempre à própria vida, em uma ou outra circunstancia.
Nêsse particular, Marília está bem servida, embora no fichário da Biblioteca Pública ainda seja constatada a falta de muitos livros úteis e necessários à consultas, estudos ou mesmo recreação. Mas não há negar que a citada Casa apresenta muita coisa completa, principalmente em relação à outras congêneres, espalhadas em inúmeras outras cidades interioranas.
Recordamos que há algum tempo transato, fazíamos daquí desta coluna, um apêlo aos marilienses em geral e aos estudantes em especial, para que prestigiassem mais, com frequência maior e mais assídua, a nossa Biblioteca. Isto, em virtude de termos constatado, certa ocasião, que a frequência em relação às possibilidades de acomodação e às facilidades que apresenta o mencionado organismo público municipal, não eram das mais completas.
Passou-se já algum tempo. Ontem fomos abordar nosso amigo Mesquita, o poeta mariliense, diretor da Biblioteca e ficamos sabendo que tem aumentado bastante o número de frequentadores àquela Casa. No mês passado, por exemplo, 3.745 consulentes estiveram se servindo da Biblioteca, o que representa, durante 25 dias úteis de agôsto, u’a média diária de 139 pessoas. Índice bom, mas que poderá aumentar, pois existem meios e facilidades para tal.
2.365 volumes foram consultados durante o mês de agôsto, pelas citadas 3.475 pessoas que ali compareceram, assim compreendidos quanto às obras: assuntos gerais, inclusive leitura infantil, 1.516 volumes; filosofia, 89; religião, 3; ciências sociais, 247; filologia, 18; ciências puras, 107; ciências aplicadas, 55; belas artes, 23; literatura, 227; e história e geografia, 80.
Por línguas, assim ficou distribuído o movimento dos volumes consultados e acima referidos:
Português, 2.191; francês, 63; inglês, 69; espanhol, 35; latim, 5; italiano, 1; e alemão, 1.
Dispõe a Biblioteca Pública “Tomaz Antônio Gonzaga”, 5.842 volumes fechados e conta a mencionada Casa com uma Secção Circulante, na qual estão inscritos até agora, 193 candidatos.
A Biblioteca local é um monumento de cultura em nossa cidade. Deve continuar a ser prestigiada pelos marilienses, cujo prestigio representa tão sòmente o comparecimento e a utilização da mesma, que pertence, por natureza, como próprio municipal, ao povo em geral.
Extraído do Correio de Marília de 10 de setembro de 1958
Comentários