A V Olimpíada Estudantil (23 de agosto de 1958)

No próximo dia 30 (de agosto de 1958) teremos em nossa cidade a data inicial da realização da V Olímpíada Estudantil de Marília, certame anual patrocinado pelo Yara Clube e que conta com a simpatia e a participação de todos ou quasi todos os estabelecimentos de ensino de nossa “urbe”.

Vimos no passado, o sucesso dêssas realizações. Elevada expressão técnica, ambiente de cordialidade, apesar do interesse que as disputas desportivas movimentam, a medida que as competições vão se desenvolvendo.

Objetiva o Yara Clube, entidade que se destaca entre nós na movimentação e patrocínio das diversas competições esportivas, o aprimoramento da fórma técnica do desporto amadorista. O preparo do físico é necessário e ombreia-se com o preparo do intelecto. “Mens sana in corpore sano”, lema grandemente difundido entre nós.

Brilhante folha de serviços nesse campo já prestou o Yara Clube de Marília e mesmo a região. Dos umbrais daquela simpática Casa da Av. Vicente Ferreira, já despontaram verdadeiros craques, ídolos consumados, como, por exemplo Tetsuo Okamoto, Wilson Bombarda, Adinor da Silva Freitas e outros.

O certame referido terá a duração de 30 de agôsto a 7 de setembro, quando culminará. O Congresso de encerramento será realizado a 18 de setembro, data em que se comemora o aniversário do Yara, que, no corrente ano, verá transcorrer (o) 18º ano de lutas em pról do esporte mariliense.

Ciclismo, bola ao certo, voleibol, tenis de mesa, futebol de salão, natação, xadrez, etc. serão as principais atrações desportivas do aludido certame, que, sem sombra de dúvida alcançará o mesmo êxito dos anos anteriores.

Na oportunidade em que fazemos referências ao assunto em fóco, ocorre-nos a conviniência de que sejam oficializadas em nossa cidade tais competições esportivas, que, ano após ano, aqui são desenvolvidas com raro brilhantismo, entusiasmo e interesse, sem qualquer auxílio ou subvenção oficial. O comércio e a indústria, bem como os cooperadores diretos do Yara, jamais deixaram faltar apôio ou esforços no sentido do bom e cabal desfecho déssas competições. A julgar-se pelo desenrolar dos certames anteriores, prova insofismável de desportividade e trabalho de nossa gente, justo seria que tais competições anuais fossem oficializadas por lei municipal, consignando-se anualmente uma verba por pequena que fosse, para que as realizações referidas, que já são brilhantes e nobres sentissem aquele calor de apôio da própria municipalidade.

Aquí fica, pois a lembrança, para que os senhores vereadores e prefeito estudem-na convenientemente concluindo sua necessidade.

O Yara dispende, aproximadamente, 50 mil cruzeiros com a realização dessa competições. Se fossem as mesmas oficiais e subvencionadas pela prefeitura, o que seria um dinheiro bem gasto e muita bem empregado, o certamente poderia, inclusive, ser realizado com portões abertos, propiciando maior interesse e afluência públicas.

Não será um caso para estudos? Não terá o município meios e deveres para colaboração nêssa elogiável caminhada?

A lembrança ai está.

Extraído do Correio de Marília de 23 de agosto de 1958

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