Trabalha a União Eleitoral Mariliense (25 de julho de 1958)

Póde ser que não dêem os resultados que déla se espera, mas a verdade é que a União Eleitoral Mariliense, organismo fundado por um grupo de idealistas e amantes de nossa cidade está trabalhando ativamente em defesa de um nobre ideal.

Todas as terças feiras os seus membros se reunem, traçando os planos para a semana porvindoura e pondo-os imediatamente em execução. Não existem ali nomes a destacar, dos que trabalham dentro de suas fileiras. Todos, indistintamente, se empregam a fundo e procuram alertar a opinião publica, da necessidade que urge, no sentido de que o eleitorado local saiba consignar seus votos a gente da terra no próximo pleito eleitoral.

Trabalho patriótico, sem dúvida. Lutar pela defesa dos interesses de um núcleo e de um povo, merece louvores.

É preciso, no entanto, que os marilienses bem se apercebam dessa contingência, cerrando fileiras em torno desse idealismo sadio, votando nas eleições que se avisinham em nomes de nossa cidade. Procuraremos eleger, désta vez, nossos lídimos advogados aos parlamentos federal e estadual. Tentemos representar-nos legitimamente e não “ad doc”. Tenhamos nossos deputados lídimos, aos quais nos seja facultado o direito de exigir, sem mendigar.

A União Eleitoral Mariliense trava uma luta pacifica, porem sem treguas. Respeitando os direitos de todos os candidatos, direitos êsses assegurados pela propria Constituição, os membros da U. E. M. estão tambem fazendo respeitar os seus próprios.

Com palavras, conferencias, palestras, artigos, conversas pessoais e outros meios, estão conclamando a todos para que se atenham aos motivos de sua luta, para que reconheçam as razões fundamentais da contenda e o espírito patriótico e bem mariliense que a mesma encerra.

Pelo que pudemos observar, a U.E.M. conseguiu despertar a consciência de muita gente. Eleitores que, no passado, se preocupavam mais com promessas de empregos e algum dinheiro de candidatos de fóra, estão hoje compenetrados de que realizaram erros pretéritos e que ainda existem probabilidades de reparar os enganos.

Fazem bem, denotam espírito de verdadeiro amor por Marília, todos os que assim estão agindo. É hora chegada de que nossa cidade consiga tambem o “seu lugar ao sol”, nos Palácios “9 de Julho” e “Tiradentes”. Só os marilienses podem fazer isso, unindo-se nessa cruzada elogiável. Só os marilienses, pois os eleitores de outras plagas, embóra possam prestigiar algum nome de Marília, por razões diversas, não nos garantirão a efetividade de nenhuma pessoa de nossa terra.

Ao eleitorado mariliense caberá a responsabilidade de novo fracasso ou as honras déssa glória, porque, sem negar, eleger legítimos candidatos de Marília no próximo pleito será uma autêntica gloria da cidade e seu povo.

Todos sabem que os nomes inscritos de nossa cidade são íntegros, capazes, honestos e dignos de se apresentarem em qualquer parlamento como delegados de Marília. E, temos a certeza, os que forem eleitos de nossa “urbe”, terão imenso orgulho em credenciarem-se como nossos legítimos advogados.

Precisamos um ou mais deputados legítimos e não autênticos. A União Eleitoral Mariliense está trabalhando para isso. Suas fileiras engrossam-se dia a dia e suas atividades principiaram já a surtir os efeitos desejados. As flores déssa árvore frondosa de um ideal sadio e nobre, principia já a florar, antecipando a certeza de bons frutos.

Adicionemos calor a éssa árvore de ideais bem marilienses e sejamos nós próprios, os marilienses sinceros, os beneficiados.

Votemos, incondicionalmente, em candidatos de Marília nas próximas eleições. Prestigiaremos a União Eleitoral Mariliense, que estaremos prestigiando a nós próprios e defendendo nossos mais sagrados interesses.

Extraído do Correio de Marília de 25 de julho de 1958

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