Uma recepção condigna (24 de junho de 1958)
Ao ensejo da visita oficial e honrosa dos príncipes Mikasa à Marília, justo é que se diga que os representantes do Imperador do Japão tiveram em nossa cidade uma recepção das mais condignas imagináveis.
A colônia nipônica, por intermédio dos responsáveis pela Comissão Regional de Marília dos Festejos do Cinquentenário da Imigração Japonesa esteve incansável e elab(o)rou um programa digno de elogios, pela maneira com que o mesmo foi conduzido. Tudo foi previamente preparado, estudado, calculado e podemos dizer que tudo transcorreu como se esperava, à exceção apenas do horário de chegada do avião especial que aportou à Marília conduzindo Ss. Aa. Imperiais. Mesmo assim, o horário do regresso dos príncipes, rumando para a cidade de Lins, foi religiosamente respeitado.
Ressalte-se tambem que ao brilho do acontecimento, preciosa colaboração foi prestada pelas autoridades do município, cujo prestígio esteve patente em todos os sentidos e em todos os momentos. O príncipe e a princesa Mikasa foram recebidos em nossa cidade, com as devidas honras de Chefes de Estado.
Não tivemos o ensejo de palestrar com o príncipe, em função profissional, porque a barreira protocolar assim não permitiu. Tivemos esse desejo, porque gostariamos de ouvir, da viva voz do ilustre visitante, as suas impressões sôbre o Brasil, as recepções que lhe têm sido tributadas e algo acêrca do carinho com que a colônia japonesa e o povo brasileiro o tem recebido em todos os locais por onde andou.
Mesmo assim, temos a impressão de que os representantes do Império Japonês deverão sentir-se satisfeitos por tudo o quanto lhes tem sido dispensado néssas visitas aos diversos centros do território brasileiro.
Em Marília, ao que nos consta, nunca tanto público prestigiou para dar as boas vindas a um visitante. O regresso dos revolucionários em 1932, a chegada dos “pracinhas” em 1945 e o retorno do campeoníssimo Tetsuo Okamoto, quer nos parecer, perderam terreno para esse movimento de simpatias públicas e presença em toda a cidade, desde o aeroporto até a Praça Saturnino de Brito.
Policiamento eficiente, trânsito bem dirigido, muita ordem e di(s)ciplina (coisas difíceis de serem conseguidas entre grandes aglomerações), merecem destaque especial. Por outro lado, deve ser tambem mencionado o espírito de organização perfeita que norteou as providências da Comissão dos Festejos e Recepção aos príncipes, que nada deixou a desejar.
Enquanto isso, nós que sempre estamos acompanhando todos os acontecimentos da cidade, por dever profissional, ficamos certos de que a organização dos festejos referidos serviu bem de um exemplo para inúmeras festas que habitualmente se realizam entre nós.
Extraído do Correio de Marília de 24 de junho de 1958
A colônia nipônica, por intermédio dos responsáveis pela Comissão Regional de Marília dos Festejos do Cinquentenário da Imigração Japonesa esteve incansável e elab(o)rou um programa digno de elogios, pela maneira com que o mesmo foi conduzido. Tudo foi previamente preparado, estudado, calculado e podemos dizer que tudo transcorreu como se esperava, à exceção apenas do horário de chegada do avião especial que aportou à Marília conduzindo Ss. Aa. Imperiais. Mesmo assim, o horário do regresso dos príncipes, rumando para a cidade de Lins, foi religiosamente respeitado.
Ressalte-se tambem que ao brilho do acontecimento, preciosa colaboração foi prestada pelas autoridades do município, cujo prestígio esteve patente em todos os sentidos e em todos os momentos. O príncipe e a princesa Mikasa foram recebidos em nossa cidade, com as devidas honras de Chefes de Estado.
Não tivemos o ensejo de palestrar com o príncipe, em função profissional, porque a barreira protocolar assim não permitiu. Tivemos esse desejo, porque gostariamos de ouvir, da viva voz do ilustre visitante, as suas impressões sôbre o Brasil, as recepções que lhe têm sido tributadas e algo acêrca do carinho com que a colônia japonesa e o povo brasileiro o tem recebido em todos os locais por onde andou.
Mesmo assim, temos a impressão de que os representantes do Império Japonês deverão sentir-se satisfeitos por tudo o quanto lhes tem sido dispensado néssas visitas aos diversos centros do território brasileiro.
Em Marília, ao que nos consta, nunca tanto público prestigiou para dar as boas vindas a um visitante. O regresso dos revolucionários em 1932, a chegada dos “pracinhas” em 1945 e o retorno do campeoníssimo Tetsuo Okamoto, quer nos parecer, perderam terreno para esse movimento de simpatias públicas e presença em toda a cidade, desde o aeroporto até a Praça Saturnino de Brito.
Policiamento eficiente, trânsito bem dirigido, muita ordem e di(s)ciplina (coisas difíceis de serem conseguidas entre grandes aglomerações), merecem destaque especial. Por outro lado, deve ser tambem mencionado o espírito de organização perfeita que norteou as providências da Comissão dos Festejos e Recepção aos príncipes, que nada deixou a desejar.
Enquanto isso, nós que sempre estamos acompanhando todos os acontecimentos da cidade, por dever profissional, ficamos certos de que a organização dos festejos referidos serviu bem de um exemplo para inúmeras festas que habitualmente se realizam entre nós.
Extraído do Correio de Marília de 24 de junho de 1958
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