Enfermidade de Eisenhower (5 de dezembro de 1957)

Através do noticiário telegráfico internacional, ficou o mundo ciente de ter sido acometido de grave enfermidade, o presidente Eisenhower, dos EE. UU. da América do Norte.

Um mal súbito, que não deixou de acarretar aos povos do mundo civilizado uma certa apreensão, porque abalou um pouco a estrutura física de um homem, que, nos últimos anos, têm se destacado pelas suas ações político-administrativas internacionais. Verdadeiramente, é mistér que se reconheça, na pessoa de Eisenhower, uma capacidade política das mais elogiáveis do mundo. O atual presidente dos Estados Unidos assumiu a direção do país amigo, numa época das mais conspurcadas, dificeis e confusas. Quando a prudência fez-se sentir como estrela de primeira grandeza, numa série de ações, que, mesmo dentro de determinadas fronteiras poderiam repercutir em diversas nações do mundo, Eisenhower foi capaz de demonstrar éssa qualidade e um senso de responsabilidade incomuns. Delegado e participante de diversos congressos de estudos de paz, sua palavra sempre serviu de paradigma, pelos gestos comedidos como foi externada. Jamais pregando ódio, sempre foi capaz de mostrar-se humanamente superior tendo sempre encontrando uma palavra ou uma solução pacífica e conciliadora.

Sem receio de errar, poderemos dizer que se não fôra a atual política de cordialidade, fraternidade e sendo comum dos mais elevados que identificaram e identificam Dwigt Eisenhower, de ha muito, estariamos nós, os brasileiros, bem como diversos outros povos do mundo, sofrendo os reflexos e consequência indiretas de uma guerra russo-americana.

Apologista do bem estar social mundial, de paz permanente entre os homens da terra, Eisenhower têm demonstrado, à sociedade, um tirocínio e uma inteligência verdadeiramente dignas de admiração. Profundamente cristão, democrático por excelência, têm primado pelos princípios de consideração alheia.

Porisso, para todos aqueles, que, sem cores políticas ou interesses outros que não u’a análise razoável da personalidade do presidente norte-americano, a enfermidade de Eisenhower trouxe certas apreensões. Justificadas apreensões, convenhamos.

O eventual desaparecimento de Eisenhower do leme do governo norte-americano, poderá, como dissemos, servir de nova engrenagem para um ateamento de fogo no estopim da tensa situação internacional, onde figuram como principais participantes, os Estados Unidos e a Rússia. Ninguém poderá negar isso, depois de conhecer a conduta nobilíssima e perfeitamente elogiável que o mesmo vem imprimindo e demonstrando no seu govêrno.

Extraído do Correio de Marília de 5 de dezembro de 1957

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