Mercado Municipal (20 de novembro de 1957)

Há muito tivemos a preocupação de escrever alguma coisa acerca da necessidade de remodelação total do atual Mercado Municipal de Marília. Ainda no govêrno do sr. Adorcino de Oliveira Lírio, martelamos o assunto por diversas vezes. Mais tarde, com a posse do sr. Argolo Ferrão, voltamos ao assunto, que fô(r)a anteriormente focalizado, quer na administração do sr. Neves Camargo e Adhemar de Toledo.

Agora, na última sessão da edilidade mariliense, o vereador dr. Fernando Mauro voltou a agitar a questão, dizendo em plenário da carência de Marília em face (da situa)ção total do atual Mercado.

Tem razão o edil pedecista, como também nós há muito tempo. O prédio do obsoleto Mercado Municipal, de há muito deixou de acompanhar o progresso e as necessidades marilienses. Tornou-se pequeno, acanhado, insuficiente para atender as suas reais finalidades. Até as condições da moderna higiene não encontram cabal acomodação dentro dêsse próprio, uma vez que a sua construção passou a figurar no ról das coisas antigas.

Um Mercado Municipal e não um jardim, conforme afirmam alguns, deve ser o cartão de visitas de uma cidade. E nós temos em mente o fato de que será das piores a impressão dos forasteiros que visitam Marília e conhecem o acanhado Mercado Municipal, incompleto e insuficiente para as atuais necessidades de Marília. Juntamente com os problemas da água, luz e esgôto, a construção de mercados municipais modêlos está sendo uma preocupação de todos os prefeitos dos grandes centros do interior. Marília não poderá, certamente, ficar indiferente ao fato em tela, maximé tendo a questão merecido anteriormente atenções e estudos, que, segundo nos consta, não puderam ser levados avante, por motivos vários.

Temos a impressão de que se os descobridores de Marília e seus primeiros administradores tivessem previsto o surpreendente progresso da cidade, o atual Mercado Municipal jamais teria sido construido num “pedaço” de quarteirão e sim num quarteirão interior. A reforma ou remodelação do atual, pouco ou nada resolverá, há não ser a aparência visual e as condições de higiene; o espaço vital, que é o primeiro fator da necessidade do novo Mercado, ficará na mesma. Urgem, portanto, estudos a respeito do caso.

O que é certo é que Marília não pode e não deve permanecer indiferente ao assunto referente à necessidade de possuir um Mercado Municipal à altura de seu progresso e de suas exigências.

Extraído do Correio de Marília de 20 de novembro de 1957

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