Não devemos “dormir de botinas” (5 de setembro de 1957)

Efetivamente, os eleitores marilienses não devem e não podem “dormir de botinas”, no que tange à eleição de um deputado estadual, no mínimo.

Temos meios e forças suficientes, para mandar até dois deputados ao Palácio 9 de Julho e possibilidades indiscutíveis de eleger um deputado federal. Tudo depende de nós próprios, de nossas consciências, de nosso amôr por Marília e pela região da Alta Paulista.

Outro dia, transcrevemos nesta secção, um artigo assinado por Tabajara Solimões e publicado pelo jornal “A Época”, de vizinha cidade de Pompéia. Transcrevemos o mencionado artigo, por alta recreação, uma vez que apreciamos o seu conteúdo e vimos, não as entrelinhas mas sim o seu inteiro teôr, muitas verdades, que deverão merecer as atenções dos políticos de nossa cidade, e, especialmente, dos diretórios municipais locais.

Não encontramos uma única pessoa que conosco conversasse a respeito, que não estivesse de acôrdo com as assertivas do Tabajara Solimões. Devemos até agradecer ao mencionado cronista, o ter-nos prestado um excelente obséquio, alertando as correntes políticas de Marília, para o fato do isolacionismo com que até hoje Marília tem se colocado, em relação aos demais centros. Aquele comentário dá bem uma idéia de que, além dos votos que os prováveis (ou provável) candidatos (ou candidato) de nossa cidade contem (ou conte) por parte do eleitorado mariliense, poderão nessas cifras ser aumentados outros tantos sufrágios de diversos centros da região, que seriam, assim, tambem beneficiados.

Continuamos ainda repetindo e alertando os nossos dirigentes políticos, para que estudem esse pormenor, bem como para que se reunam entre sí, cogitando de nomes para as próximas eleições. Mas não um nome de cada partido e para cada partido, porque assim incorreriamos nos erros pretéritos e continuariamos na mesma situação. Marília não deve lançar mais do que dois candidatos à deputação estadual, se quizer aproveitar as possibilidades de corrigir os erros cometidos anteriormente.

Nésta coluna, candidatos alienígenas não terão guarida. Pelo contrário, procuraremos alertar o público local, para que não “vá na onda” de aventureiros políticos, de “caçadores de votos” e de “doutores promessas”.

Sabemos que já existem dois “cabos eleitorais” na cidade, um dos quais já recebeu material de propaganda de um candidato de fóra, estando pronto para iniciar a “ofensiva” na cidade. Por nosso lado, nós tambem já estamos de atalaia para o contra-ataque, em têrmos e sem menosprezar o desrespeitar os direitos desse candidato. Acontece que nossa campanha ainda não está terminada e iremos até o final. Vitoriosos ou vencidos, iremos até o último momento da oportunidade.

Extraído do Correio de Marília de 5 de setembro de 1957

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