Precisamos de um corpo de Bombeiros (8 de agosto de 1957)

Muito nos ocupamos, no passado, acerca da necessidade que Marília apresenta, de aparelhar-se com um Corpo de Bombeiros. Estudos, ao que nos consta, foram estabelecidos a respeito, no sentido de dotar nossa cidade dêsse imprescindivel melhoramento, uma peça indiscutivel das exigências do progresso de nossos dias. As dificuldades iniciais, ao que parece, esfriaram o ânimo das autoridades responsáveis, que tiveram como a maior délas, a de ordem financeira.

Agora, pela lei 658, de 13 de Maio de 1950, podem ser criadas nas cidades interioranas, destacamentos do Corpo de Bombeiros da Força Pública, contribuindo a municipalidade com as acomodações. Ora, uma cidade como Marília, deverá esforçar-se para ficar aparelhada desse marco de progresso, cujos benefícios em horas especiais, não carecem ser por nós enumerados. O crescimento rápido e vertiginoso de Marília, que fórma no rosário dos municípios mais adiantados do interior, faz de ha muito sentir éssa necessidade. A criação de um serviço de proteção contra o fogo e de salvamento, perfeitamente à altura das exigências dos dias de hoje, é necessidade que não se discute. Mogi das Cruzes, Americana, Franca e Limeira, estão tomando as providências a respeito. O mesmo está acontecendo em São Bernardo e São Caetano, cujos entendimentos já foram realizados, devendo dar-se por estes dias, a assinatura do Convênio respectivo.

Outras cidades, como por exemplo, São Carlos, Jundiaí, Araraquara, Baurú, Rio Preto, Piracicaba e Ribeirão Preto, estão cuidando da reorganização de seus destacamentos.

Os Prefeito(s) das cidades referidas, levados pelo espírito de esforço e compreensão, têm procurado o comando geral da Força Pública e êste, de acôrdo com o govêrno, vem atendendo os desejos de vários prefeitos da hinterlândia, no sentido de equipar as cidades interioranas de modo eficiente, para assegurar ao comércio, indústria e às populações, toda a proteção contra os perigos do fogo devastador. Assim, o tenente-coronel Rolim de Moura, comandante do Corpo de Bombeiros, está dando cumprimento à orientação do Comando Geral da Força Pública e atendendo os interesses dos prefeitos interioranos que objetivam criar ou reaparelhar dest(a)camentos do C. B., em suas respectivas cidades.

Pelo visto, seria tambem o caso de Marília valer-se desse dispositivo legal, aproveitando a “deixa” para instalarmos tambem o nosso Corpo de Bombeiros.

Extraído do Correio de Marília de 8 de agosto de 1957

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O jogo do bicho (26 de outubro de 1974)

O Climático Hotel (18 de janeiro de 1957)

“Sete Dedos”, o Evangelizador (8 de agosto de 1958)