Um empreendimento de vulto (12 de julho de 1957)

Na última terça-feira, após as solenidades cívicas levadas a efeito ao pé do Monumento dos Ex-Combatentes, fomos visitar, a convite do prefeito Argolo Ferrão, as obras do Paço Municipal.

Confessamos que tivemos uma impressão das mais agradáveis, acerca da majestosidade da obra, sem favor algum um empreendimento de grande vulto e o complemento de uma lacuna há muito verificada em Marília. Percorremos, juntamente com o dr. Argolo, dr. Badra, diversos vereadores e convidados especiais, demoradamente, as obras referidas. O sr. Prefeito, transformado num autêntico “cicerone”, explicou-nos pormenorizadamente, o andamento da realização, suas dependências diversas, altura, custo, metragem quadrada etc..

Os que transitam pelas imediações dêsse colosso arquitetônico, não poderão fazer um juizo aproximado de sua grandeza interior e da magnífica distribuição de suas dependências internas. Trata-se, como dissemos no epígrafe, de um empreendimento de vulto.

Sete milhões de cruzeiros já foram aplicados no edifício referido, que virá a ser, sem dúvida, o melhor prédio público da Alta Paulista.

Tudo ali foi carinhosamente estudado, para bem justificar a grandeza do empreendimento, os esforços e interêsses do Poder Municipal. Por dois motivos, estava Marília exigindo êsse melhoramento: primeiro, pela necessidade de acomodar-se condignamente as diversas dependências da municipalidade, há muito apertadas num edifício já deficiente para as finalidades administrativas dos serviços burocráticos municipais; segundo, porque o progresso e a extraordinária expansão da cidade, em todos os âmbitos, reclamava uma obra dêsse jaez.

O projeto é do engenheiro arquiteto Miguel Badra Júnior, irmão do atual presidente da nossa Câmara Municipal, dr. Aniz Badra. É um estudo arquitetônico, que, guardadas as devidas proporções, assemelha-se ao aspectos urbanísticos do prédio das Nações Unidas em Nova Iorque. A construção está sob a responsabilidade da firma local “Construtora Marília Ltda”..

Até o fim do ano vindouro, deverá estar concluida a citada obra, que servirá de um justo motivo de orgulho para os marilienses e os verdadeiros amigos de Marília.

A realização referida é digna de ser vista, inclusive por autoridades de outros municípios, que cogitam realizar empreendimentos dêsse porte. Após concluido o edifício, estará Marília dotada de mais um grandioso marco corrobatório de seu indiscutível dinamismo, que representará, por outro lado, vitória da capacidade administrativa de seus governantes.

Nossos parabéns.

Extraído do Correio de Marília de 12 de julho de 1957

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