Precisamos de mais semáforos (1º de junho de 1957)

Já nos ocupamos anteriormente, da questão de mais sinaleiros luminosos para o trânsito de Marília. Centralizando a cidade um acentuado volume de veículos próprios e servindo, por outro lado, de ponto de passagem obrigatório de veículos de outras regiões que por aqui transitam, a colocação de no mínimo mais oito semáforos, de preferência automáticos, está urgindo mais do que nunca.

A respeito do assunto, recebemos manifestações de algumas pessoas, aplaudindo a idéia e convindo conosco dessa necessidade. Apesar de contarmos com uma excelente corporação da Guarda Civil de São Paulo, que tem como missão precípua a fiscalização do trânsito em nossa cidade, não podemos e não devemos prescindir dêsse melhoramento há muito reclamado pelo próprio desenvolvimento da “urbe”.

Não fôssem as atenções dos milicianos da Guarda Civil e a noção de responsabilidade de centenas de motoristas, poderíamos registrar, com mais frequência, desastres de várias espécies em plena cidade, especialmente nos cruzamentos. Se bem que o índice dêsses acontecimentos possa ser considerado relativamente pequeno em nossa cidade, pelos motivos acima apontados, temos a impressão de que com a colaboração de maior número de sinaleiros luminosos, a situação ainda melhoraria mais.

Cidades de menor movimento urbano de veículos, como Lins, Araçatura, etc., estão perfeitamente completas nesse particular.

Algumas guardas civis nos solicitaram que continuássemos a chamar a atenção do sr Prefeito e da Câmara Municipal para que a cidade fôsse dotada de mais semáforos. Instrumentos indispensáveis ao trânsito de nossos dias. Por outro lado, nos pediram também que iniciássemos uma campanha esclarecedora ao público mariliense, de como deve proceder para atravessar uma via pública dotada dêsse melhoramento. Isto, porque, nem todos se dão ao cuidado de observar a luz do semáforo, atravessando quando não deve e esperando quando poderiam passar. Êsses esclarecimentos, no entanto, só poderão ser feitos quando tiverem uma justificativa, isto é, quando Marília possuir mais de um dêsses apetrechos orientadores do trânsito.

Dias mais, dia menos, os poderes públicos terão que instalar tal melhoramento. Se tivessem os mesmo sido adquiridos quando reclamamos a necessidade anteriormente (e já faz um tempinho!), a própria Prefeitura teria economisado um bom punhado de cruzeiros, eis que tais objetos, como tudo nestes Brasís, também sobem de periodicamente. E, se deixarmos o caso mais para a frente, maiores serão os preços futuros e maior será a onerarão do dinheiro público.

Extraído do Correio de Marília de 1º de junho de 1957

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