Marília, ave! (4 de abril de 1967)

José Arnaldo

Em 1913, Cincinato Braga era
do Estado, o Presidente.
Com sua visão altaneira,
incumbiu a Ferraz Salles:
- Abra um picadão no
grande oceano verde; desde
Presidente Penna, indo até a Platina;
escolha um bom lugar,
plante pastos e cafezais
e o chama “Cincinatina”.

Foi o começo da História.
A História de Marília...

Vieram os desbravadores:
Antonio Pereira da Silva,
José Pereira da Silva,
José de Oliveira Simões,
Elisiário Barbosa
e outros, aos borbotões.
Grandes espíritos de luta,
construtores sem igual.
Seguidos por uma bandeira:
- O grande Sampaio Vidal!

No “intermezzo” Peixe-Feio,
Um patrimônio nascia...

Selvícolas espavoridos,
animais ferozes em manadas,
se distanciavam com medo
do éco das machadadas.
Árvores gigantescas
gemendo e indo ao chão:
em seu lugar aparecendo
no mato, em pleno clarão,
tôscos ranchos de madeira,
marcando a civilização.

Surgia a bela Marília,
O amor do Inconfidente...

Tal qual menina travêssa,
cresceu e se transformou:
não é mais o povoado
que Sampaio Vidal fundou.
É uma cidade dinâmica,
moderna por excelência,
que oferece a toda gente
o conforto e os requisitos
de invejável convivência.

Marília é um grande centro,
Que abriga um grande povo...

Belo aspecto urbanístico,
com ruas pavimentadas.
Hospitais, indústrias e escolas,
bancos, cinemas e comércio,
transporte fácil e completo
apresenta um rico dístico
que a todos deve orgulhar:
- Foi a primeira do Estado
a suas águas fluoretar!

O progresso de Marília
Usa “bota de séte léguas”...

O que encanta em Marília,
são as ações de sua gente:
todos se entendem e se estimam,
se amam reciprocamente.
Trabalham com um só ideal,
irmanados e sempre uníssonos,
com uma só preocupação:
- Dos marilienses, a harmonia;
- De Marília, a ascenssão.

Extraído do Correio de Marília de 4 de abril de 1967

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