Candidato único (20 de fevereiro de 1957)

Escreve-nos um leitor, comentando alguma coisa acerca daquilo que aqui temos escrito, sôbre a necessidade de Marília ter o seu representante próprio no Palácio 9 de Julho.

A carta não veio assinada, apenas identificada pelo pseudônimo de “udenista”. Êsse nosso amigo, que por sinal demonstra profundos conhecimentos de política atual, deixa claro, também o seu ponto de vista que vem a casar-se com o nosso, manifestado em escritos anteriores.

Estamos com você, amigo, no que diz respeito à questão de que Marília não pode prescindir, nas próximas eleições, de ter seu representante na Assembléia. Sôbre outros pontos citados, lamentamos não endossá-los, embora respeitemos o pensamento e a argumentação do missivista.

Uma coisa é certa e continuamos a repetí-la: Se Marília concorrer ao próximo pleito, com mais de dois candidatos à deputação estadual, correrá o risco de não eleger nenhum. Os votos que serão, fatalmente repartidos entre os candidatos locais, contando-se ainda os que serão consignados a candidatos de fora, não serão suficientes para eleger-se um representante de Marília. É por isso que nos batemos pela possibilidade de um candidato único ; ou se isto não fôr possível, o número nunca superior a dois. Se isto não acontecer, podem estar certos os marilienses, que repetiremos os êrros anteriores. É por isso que chamamos as atenções dos nossos leitores, no sentido de que uma demonstração irrefutável de amor por Marília, votando em candidatos da terra, ao invés de consignar os sufrágios em pról daquêles que só se lembram da nossa cidade em vésperas de eleições.

Tem razão a pessoa que nos escreve, citando como exemplo, meia dúzia de nomes dignos e capazes para representar Marília. Urge agora saber se as diversas correntes políticas de nossa cidade pensam da mesma forma que nós.

Extraído do Correio de Marília de 20 de fevereiro de 1957

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