O “eixo” policial (23 de janeiro de 1957)

O dr. José Edgard P. de Moraes, delegado regional de polícia em Botucatu, está preconizando um “eixo” policial Bauru-Botucatu-Marília, com permanente “batidas”, visando “limpar” o triângulo formado pelos três centros, dos malandros e desocupados, dos indesejáveis, enfim.

Ótima idéia.

Ainda em nossa edição de ôntem, transcrevemos uma notícia a respeito, divulgada pelo jornal “Correio da Noroeste”, da cidade de Bauru. Na oportunidade, referiu-se o colunista aos trabalhos da regional local, acerca das “batidas” diárias nos trens da Paulista, tendo noticiado, inclusive, as últimas prisões realizadas pela polícia mariliense.

Um trabalho articulado, das três regionais, virá beneficiar bastante a nossa população, pois desarticulará, certamente, planos e ações de muitos ladrões que acorrem a essas promissoras e exuberantes zonas do Estado.

Será, portanto, “um cinturão defensivo”, que virá beneficiar imensa população.

O delegado regional de polícia de Bauru, sr. Everaldo Tanganelli, através da imprensa bauruense já manifestou seu ponto de vista favorável ao citado “eixo”, tendo declarado que irá entrar em entendimento com seus colegas de Botucatu e Marília, para traçar os planos iniciais da ofensiva.

Ao leitor menos avisado, principalmente o leitor de fóra, poderá parecer, tal comentário, que Marília, Bauru ou Botucatu, sejam cidades despoliciadas e à mercê de ladrões ou criminosos. Nada disso. Verificam-se delitos e roubos, como todos os centros de grande movimento. Apenas, as autoridades policiais referidas estão empenhadas em diminuir ou acabar por completo êsses registros.

Isso significa, que o poder policial está procurando desincumbir-se cada vez melhor da enorme responsabilidade que as atribuições normais de suas obrigações acarretam, frente ao sossego público e resguardo à integridade pessoal do cidadão, bem como a garantia e a segurança da propriedade e da família.

Nossos votos, para que o propalado “eixo” policial Botucatu-Bauru-Marília consiga obter os resultados que do mesmo se espera.

Extraído do Correio de Marília de 23 de janeiro de 1957

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