Faculdade de Filosofia (16 de janeiro de 1957)

Podemos já considerar uma realidade a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília. Podemos já ter a certeza de que não foram em vão as lutas empreendidas pelo povo mariliense, através de suas autoridades de classe, sua imprensa – escrita e falada – e a família mariliense em geral.

A criação e instalação dêsse curso oficial superior, jamais representou para nós, uma pretensão descabida; pelo contrário, foi o fruto de um direito, de uma necessidade indiscutível e irrefutável. Pela localização de Marília, pelo que representa topograficamente na Alta Paulista, pela sua centralização na vasta e exuberante região, pelo seu progresso, pelo seu dinamismo, pelo número de almas estudantís, tínhamos o direito de pleitear, lutar, aspirar a referida Faculdade.

E foi criada. Com justiça. Sem favor, podemos dizer. Sem significar um egoísmo regionalista, porque irá beneficiar a inúmeros jovens de tôda a região, facilitando-lhes o ensejo de aprimorar conhecimentos. Será a contribuição de Marília ao próprio ensino do Brasil, atualmente não acompanhando no mesmo ritmo, as necessidades crescentes do número de jovens em idade de estudos superiores.

Anteontem, o Prefeito Municipal, acompanhado do presidente da Câmara e de vários vereadores, fez a entrega ao sr. Governador do Estado, dos planos de adaptação de prédio para o funcionamento da Faculdade. Isto quer dizer, que não nos limitamos sòmente a pedir a criação legal da Faculdade. Nem esta acabara de ser convertida em Lei, e Marília, por intermédio de seus legítimos representantes, já batia as portas do Palácio dos Campos Elíseos, oferecendo os meios ao próprio Govêrno, para a sua instalação.

Estão ainda em São Paulo, os drs. Aniz Badra e Argolo Ferrão. Tratando do assunto. Importante assunto, frise-se.

Mais uma vitória para Marília, conquistada pelo seu próprio povo.

Estado de parabéns os jovens estudantes de Marília e de tôda a região. Está de parabéns o próprio povo de tôda a Alta Paulista, que será o beneficiado direto.

Extraído do Correio de Marília de 16 de janeiro de 1957

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