Visitas à Filantropica (31 de outubro de 1956)

Temos noticiado ultimamente, os gestos nobilíssimos de muitos marilienses dispendendo algumas horas de suas ocupações ou descanso, para realizar visitas coletivas a entidades assistenciais da cidade.

Em verdade, nem poderíamos deixar de colocar em devido destaque gestos altruísticos de tal natureza, que provam, de público, o espírito de solidariedade de muita gente, levando um pouco de conforto, carinho e alegria aos garotinhos e garotinhas que se encontram abrigados na Associação Filantrópica e no Lar da Criança de Marília.

Em muita gente, despertamos o espírito desse procedimento. Ultimamente tem aumentado as visitas do povo, em grupos organizados, a essas duas instituições, que são, sem dúvida alguma, verdadeiros cartões de visita da cidade, mostrando aos forasteiros, o carinho e o desvelo com que os marilienses se dedicam aos infortunados petizes desamparados.

É comovedor, o quadro traduzido na gratidão de uma infinidade de olhinhos alegres e centenas de boquinhas sorrindo de satisfação, ao receberem visitas públicas.

Os gestos, por isso, tornaram-se merecedores do destaque que temos procurado dar, através de nossos noticiários.

Agora, acabamos de receber um pedido de um senhor de uma cidade vizinha, solicitando-nos, com minúcias, detalhes de como poderão pessoas de fora, participar também dessas visitas coletivas à Associação Filantrópica e ao Lar da Criança. A essa pessoa, que mostrou interêsse em trazer alguma alegria e colaboração a êsses pequeninos sêres, já dissemos que nenhuma condição exigem os dirigentes dos mencionados estabelecimentos, sendo que, pelo contrário, só podem mostrar-se gratos e reconhecidos a todos que se propõem a oferecer alguns momentos de alegrias aos garotos, que, conforme dissemos, embora tendo todo conforto de um lar, desconhecem, por contingências involuntárias, o calor dos pais.

Essa pessoa, bem como outras que pretenderem participar dêsse simpático movimento, poderão fazê-lo, individualmente ou em grupos, sem nenhuma condição. As portas dos dois estabelecimentos estarão sempre abertas aquêles que, com as melhores das intenções, se propõem levar um pouco de conforto, moral ou material, aos pequeninos internados.

Todos são benvindos no Lar da Criança e na Associação Filantrópica.

Extraído do Correio de Marília de 31 de outubro de 1956

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