Gesto nobre de marilienses (27 de outubro de 1956)

Vários grupos de pessoas representando organizações, firmas ou associações de classe, têm procedido, à miude, nobilíssimos gestos, ao visitar entidades assistenciais de Marília, especialmente aquelas que abrigam sob seus tetos crianças desamparadas.

O Lar da Criança e a Associação Filantrópica, seguidamente recebem dessas visitas coletivas, que, ao par do apôio material que as mesmas traduzem, representam indiscutível estimulo moral, levando alegria às criancinhas.

Êsses orfanatos precisam mesmo contar com atitudes dêsse jaez, por parte dos marilienses. Aquêles pequeninos sêres, apesar do conforto, carinho e humano tratamento que recebem nessas casas filantrópicas, sentem melhor o calor da amizade do povo de Marília, por ocasião dessas visitas coletivas. Qualquer um de nós será bem capaz de interpretar o quanto significa para aqueles que embora vivendo com todo conforto e amizade de bons corações, desconhecem, por contingência involuntária, o calor do lar paterno.

Não há muito, o vereador Bernardo Severiano Silva, organizou um grande grupo de pessoas residentes na Vila Santa Olívia, grupo êsse que visitou a Associação Filantrópica, passando com os garotos daquêle estabelecimento assistencial, grande parte do dia.

Novamente, repete-se o gesto. Os operários da Fiação de Linho e Ramí S/A., levarão amanhã aos meninos da aludida entidade, alguns carinho e conforto, passando com eles algumas horas alegres, oferecendo aos pequeninos, muita alegria e um animado “show” artístico.

Tal atitude, que já é um cartão de identidade dos marilienses, vai dia a dia mais arraigando entre todos, tornando-se um hábito obrigatório dos mais louváveis e humanitários. Além do apôio material que os marilienses dispensam ao Lar da Criança e à Associação Filantrópica, o carinho espiritual e a alegria pessoa de muita gente, significam fator importante nos espíritos em formação de muitos daqueles seres, que, amanhã, quando adultos, enquadrados no organismo da vida civil, por certo hão de reconhecer o valor dessas demonstrações de afeto do povo de Marília. E terão eles próprios, exemplos condignos e exuberantes, para serem continuadores permanentes dos gestos que ora são empregados pelos marilienses.

Que as atitudes dos moradores da Vila Santa Olívia, dos operários da Fiação de Linho e Rami e de outras tantas pessoas, sirvam de estímulo, para que outras gentes prossigam com essas visitas coletivas e intermitentes às criancinhas que se encontram agasalhadas na Associação Filantrópicas e no Lar da Criança.

Extraído do Correio de Marília de 27 de outubro de 1956

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