O peixe morre pela boca (23 de setembro de 1956)
Surpreendeu-nos a “secção livre” estampada neste jornal, em sua edição de ontem. Surpreendeu-nos, que fique claro, porque em nosso artigo do dia 21, sob o epígrafe “Fato Estarrecedor”, nada mais fizemos do que analisar um comentário de nosso colaborador Álvaro Simões. Analisamos o artigo do reverendo, como poderíamos ter analisado um discurso do vereador Guimarães Toni, do Senador Assis Chateaubriand, do técnico Lula ou mesmo do Presidente Kubitschek. Apenas isso. E falamos em tese. Não citamos Pedro, nem Paulo. Porque não tínhamos conhecimento dos praticantes e porque não nos interessamos saber seus nomes. O que falamos, confirmamo-lo. De modo geral, o que aconteceu com essa questão, acontece à miude nestas terras que se chamam Brasís.
Se a carapuça foi lançada, não fomos nós que a lançamos. Se erro existiu, em repetição, foi quem o apanhou e colocou na cabeça. Não nos insurgimos contra nenhum estabelecimento comercial e muito menos contra nenhum comerciante. Comentamos o fato, repetimos, porque o consideramos doloroso, no sentido humano. Pouco se nos dá que alguem deva a alguem. O fato é que, de acordo com o que noticiou o reverendo Simões, até a polícia foi notificada a respeito. Que mal haveria em que o cronista responsável por esta secção analisa-se a questão?
O signatário da “secção livre” é que foi precipitado. “Pegou o pião na unha”, sem necessidade. Segurou “rabo de foguete”, ingenuamente. O caminho mais certo, seria o mesmo ter procurado o reverendo Álvaro Simões e ter esclarecido a questão; ou combatido o ponto de vista do articulista, como um direito que o assiste. Nunca reincriminar quem analisou um artigo escrito e assinado, principalmente um artigo de pessôa capacitada irretorquível e de conduta irrepreensível. Temos a certeza de que se os fatos não são verdadeiros, o reverendo Álvaro Simões seria muito capaz em vir a público e retificar o acontecimento. Dizemos isso, porque conhecemos sobejamente a personalidade e as bôas intenções do mencionado pastor, que representa, inegavelmente, em Marília, uma bandeira da moralidade e de bôas ações. Conteste quem quiser.
O fato de contas em Banco, foi força de expressão; poderíamos ter dito dinheiro em caixa ou outra qualquer coisa. Mas que existem comerciantes que “têm pedras em lugar de coração e cifrões em lugar da massa encefálica”, isso não ha dúvida. Só que não nos referimos ao signatário da “secção livre” e nem a ninguém. Falamos de modo geral e não dissemos nenhuma novidade. Pelo menos para os sensatos. Desta maneira, fica prejudicado o desafio que nos foi lançado para provar contas em bancos de quem-quer-que seja.
Nada temos contra nenhum comerciante, que fique bem nítido. A prova é que não citamos nomes e nem indiretamente demos a conhecer a parte atingida, porque, em verdade, não existiram intenções de atingir ninguem.
Para sermos francos, não somos “o pai da criança”. Mais francos ainda: “o peixe morre pela boca”.
Extraído do Correio de Marília de 23 de setembro de 1956
Se a carapuça foi lançada, não fomos nós que a lançamos. Se erro existiu, em repetição, foi quem o apanhou e colocou na cabeça. Não nos insurgimos contra nenhum estabelecimento comercial e muito menos contra nenhum comerciante. Comentamos o fato, repetimos, porque o consideramos doloroso, no sentido humano. Pouco se nos dá que alguem deva a alguem. O fato é que, de acordo com o que noticiou o reverendo Simões, até a polícia foi notificada a respeito. Que mal haveria em que o cronista responsável por esta secção analisa-se a questão?
O signatário da “secção livre” é que foi precipitado. “Pegou o pião na unha”, sem necessidade. Segurou “rabo de foguete”, ingenuamente. O caminho mais certo, seria o mesmo ter procurado o reverendo Álvaro Simões e ter esclarecido a questão; ou combatido o ponto de vista do articulista, como um direito que o assiste. Nunca reincriminar quem analisou um artigo escrito e assinado, principalmente um artigo de pessôa capacitada irretorquível e de conduta irrepreensível. Temos a certeza de que se os fatos não são verdadeiros, o reverendo Álvaro Simões seria muito capaz em vir a público e retificar o acontecimento. Dizemos isso, porque conhecemos sobejamente a personalidade e as bôas intenções do mencionado pastor, que representa, inegavelmente, em Marília, uma bandeira da moralidade e de bôas ações. Conteste quem quiser.
O fato de contas em Banco, foi força de expressão; poderíamos ter dito dinheiro em caixa ou outra qualquer coisa. Mas que existem comerciantes que “têm pedras em lugar de coração e cifrões em lugar da massa encefálica”, isso não ha dúvida. Só que não nos referimos ao signatário da “secção livre” e nem a ninguém. Falamos de modo geral e não dissemos nenhuma novidade. Pelo menos para os sensatos. Desta maneira, fica prejudicado o desafio que nos foi lançado para provar contas em bancos de quem-quer-que seja.
Nada temos contra nenhum comerciante, que fique bem nítido. A prova é que não citamos nomes e nem indiretamente demos a conhecer a parte atingida, porque, em verdade, não existiram intenções de atingir ninguem.
Para sermos francos, não somos “o pai da criança”. Mais francos ainda: “o peixe morre pela boca”.
Extraído do Correio de Marília de 23 de setembro de 1956
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