O trigo em nosso Estado (23 de agosto de 1956)

Mereceram aplausos e encômios rasgados, os interesses do Governador Janio Quadros (foto), em lançar em nosso Estado, em carater oficial, o incentivo à cultura do trigo.

Oficialmente, o marco inicial dessa caminhada de redenção, ocorreu em São Miguel Arcanjo, onde a área total plantada foi de 150 alqueires, com excelente índice de germinação, ótima aparência vegetativa e estupendas perspectivas de bôa safra.

Vários são os centros paulistas, onde já foi plantado o precioso cereal. Avaré, por exemplo, está na expectativa de compensadora colheita para êste ano. A área inicialmente plantada no município de Avaré, foi posteriormente ampliada, em virtude da existência do moinho de Itapeva. Nesse moinho, vários triticultores mandavam moer o trigo, que vendem depois aos consumidores, pelo preço de Cr$ 12,00 o quilo, com excelentes margens lucrativas.

Palmital, Paraguaçu Paulista e outros municípios da Alta Sorocabana, apresentam bôas culturas do cereal. Aqui mesmo em Marília, existe quem colha o trigo para o próprio consumo anual.

São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul, Ourinhos, Sorocaba e outros municípios, desfraldam no momento a bandeira do cultivo do trigo.

As perspectivas são animadoras. Se prosseguirem assim os trabalhos e se sentir de modo positivo, o bafejo dos poderes oficiais, dentro em pouco o Brasil passará, de importador a exportador de trigo. Imaginem os leitores, o quanto montarão as divisas que ficarão no Brasil, com a cessação das importações desse produto. E o quanto de economia traduzirão para o Brasil.

Oxalá a cultura do trigo não venha a perder-se, como outras tantas patrióticas e necessárias campanhas nacionais: na gaveta das “fases de experiências”.

Extraído do Correio de Marília de 23 de agosto de 1956

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