“Sinhá Moça Chorou” (28 de junho de 1956)


José Arnaldo
(na foto, em Laguna Seca, Santa Catarina, lendo o Jornal do Brasil via Internet, em dezembro de 1996)

Nos primeiros dias do mês vindouro, Marília terá o ensejo de apreciar, no palco do Cine Marília, a exibição de uma importante peça teatral, que será apresentada por elementos do teatro amador mariliense.

A peça, por si só, conforme sabemos, é uma óbra de vulto, bem escrita e bastante original. Jovens da cidade, dispuseram-se leva-la publicamente, num espetáculo que visa obter fundos para os cofres da Associação Profissional Feminina de Marília.

Antonio Felipe Antonio, o popular Antoninho, do “Palácio do Disco”, foi o idealizador do espetáculo; e como não poderia deixar de ser, desempenhará papel importante na apresentação. E podemos dizer mesmo, que o Antoninho “entende do riscado”. Os ensaios estão sendo levados a efeito, com bastante seriedade, autorizando-nos a dizer que o espetáculo virá agradar.

O povo, por sua vez, sempre acompanhando todos os passos da cidade e dos próprios marilienses, por certo comparecerá em massa ao Cine Marília, no dia aprazado, para presenciar “Sinhá Moça Chorou”. Com isso, prestigiando esse grupo de artistas amadores e contribuindo tambem para auxiliar uma instituição educacional que muitos serviços têm prestado à mocidade feminina mariliense: a Associação Profissional Feminina de Marília.

Está ganhando vulto a expectativa em torno dessa apresentação. E não se poderia esperar outra coisa, pois o povo mariliense é caracterizado sempre em apoiar e prestigiar tudo o que é feito na cidade, com aquele justificável bairrismo mariliense. Bairrismo dos mais justos, pois só quem não pulsa pelo rincão em que vive, que não tem amôr à sua terra, quem não aplaude os feitos de seus homens, não é bairrista. E, a palavra “bairrismo”, aqui, embora pareça grosseira a comparação, nada mais significa do que o sentimento bem visível de acendrado amor por Marília.

“Sinhá Moça Chorou”, será exibida nos primeiros dias de Julho. A data não foi ainda fixada, em virtude de encontrar-se a comissão incumbida de sua apresentação, na dependência da palavra final do sr. Emílio Pedutti, proprietário do aludido cinema. Sem sombra de dúvida, deverá coroar-se de êxito. Êxito artisticamente falando e êxito no fim altruístico à que se destina.

É bom que o povo mariliense apóie essa iniciativa, prestigiando esse grupo de moços que irá apresentar esse teatro na cidade. Outros espetáculos poderão surgir, pois estamos certos de que Marília possui bons valores a respeito.

O povo de Marília, que não se esqueça: prestigie a apresentação “Sinhá Moça Chorou”.

Extraído do Correio de Marília de 28 de junho de 1956

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